Entenda

Novo exame acelera diagnóstico de autismo ainda na primeira infância

Psicóloga especialista em transtornos neuro divergentes Juliana Barbato fala sobre os mitos e verdades sobre a descoberta antes da primeira infância

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O autismo sempre esteve presente no dia a dia da população, mas, por falta de informação ou por medo de preconceitos estruturados na sociedade, diante de qualquer quadro de saúde mental, em muitos momentos negligenciou-se crianças e adultos de um possível diagnóstico. Graças ao avanço tecnológico e à internet das coisas, a disseminação do conhecimento pôde relacionar as ideias e permitir o compartilhamento, viabilizando também o início de pesquisas que possam suavizar a vida de muitos pais e desses futuros adultos.

A etapa de identificação e a necessidade de um diagnóstico são cruciais para que se possa ter conhecimento do nível de suporte de cada indivíduo e do tipo de cuidado que será necessário tomar. Mediante isso, um exame aprovado e realizado nos Estados Unidos promete revolucionar essa etapa e disponibilizar uma análise em bebês, na qual o experimento utiliza o rastreamento ocular das crianças para detectar padrões de atenção típicos e atípicos.

A avaliação leva o nome de EarliPoint, e remonta uma experiência de 14 vídeos assistidos, entre crianças de 1 ano e 4 meses a 2 anos e meio, enquanto uma câmera registra a movimentação dos globos oculares, e o resultado sai em apenas 15 minutos. O processo registrou a participação do neurocientista brasileiro Amil Klin, que determinou que o atraso de um tratamento precoce pode comprometer o desenvolvimento desses bebês.

“As crianças neurotípicas prestam atenção nas expressões emocionais. Já as com autismo estão observando aquela portinha do carrinho abrir e fechar”, explica Klin.

O Transtorno do Espectro Autista, ou TEA, afeta o neurodesenvolvimento e pode impactar a comunicação, a interação social e o comportamento de cada pessoa, dependendo exclusivamente da intensidade de ajuda que elas precisam para a realização de atividades diárias. Portanto, após a demonstração de diferenças, a ferramenta respalda aos profissionais uma pesquisa objetiva e padronizada para reduzir o número de erros que podem existir em um diagnóstico.

“A desinformação frustra não só os pais, como as próprias crianças. Autismo não é doença, e sim um transtorno do neurodesenvolvimento. Compreender isso tira um sentimento de culpa e isolamento dos responsáveis, que se preocupam com a vida social, principalmente no ambiente escolar, que pode ser excludente e cruel. A identificação antes da primeira infância auxilia em intervenções especializadas e na criação de estratégias terapêuticas personalizadas para cada necessidade”, explica Juliana Barbato, psicóloga especialista em transtornos neurodivergentes e no espectro autista.

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