A Vale (VALE3) confirmou ter recebido um ofício da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Pará (SEMAS), comunicando a suspensão da Licença de Operação da mina de Sossego, pertencente à Vale Metais Básicos.
Em nota ao mercado, a mineradora informou que está avaliando as medidas necessárias para restabelecer a plena vigência da licença de operação da mina. Além disso, reforçou seu compromisso com o cumprimento das condicionantes e dos controles socioambientais de suas atividades, conforme exigido pela legislação, e em respeito às comunidades locais.
A empresa destacou ainda que envia regularmente aos órgãos ambientais os relatórios de todos os programas sociais executados na região afetada.
Essa decisão ocorre um dia antes da divulgação do balanço referente ao quarto trimestre do ano passado (4TRI23), prevista para esta quinta-feira (22). Enquanto isso, a empresa enfrenta um cenário de falta de consenso sobre a sucessão no comando da companhia.
O banco BTG Pactual (BPAC11) manteve sua recomendação de compra para as ações da Vale (VALE3) esta semana, apesar do contexto adverso. Em seu relatório, o banco afirmou que o cenário pessimista já estaria refletido nos preços das ações. Além disso, os preços do minério de ferro continuam favoráveis, mantendo-se em torno de US$ 130 por tonelada.
Segundo o documento divulgado pelo banco, eles estão mais confiantes na capacidade da Vale em alcançar suas metas de produção e controle de custos para o ano de 2024, e preveem um desempenho muito positivo para o último trimestre de 2023, estimando um EBITDA de US$ 6,5 bilhões para o período.
O relatório também destaca os esforços da Vale em seu plano para manter a produção e extração de minério de ferro em Carajás estáveis durante o período chuvoso, especialmente no primeiro trimestre de 2024. Essa estabilidade é considerada fundamental para cumprir as metas da empresa para o ano fiscal de 2024.