Uma das grandes preocupações das pessoas que estão chegando perto da terceira idade é se algum dia sofrerão do mal de Alzheimer ou de algum outro tipo de demência, a conhecida caduquice. Todos corremos esse risco, mas existem algumas atitudes que podemos tomar como prevenção a esses males.
Uma das mais importantes é exercitar o cérebro, e quanto mais cedo começarmos, melhor, principalmente para quem teve COVID-19, porque uma das sequelas que a doença tem deixado é perda de memória.
O ser humano vive de hábitos. Segundo Luzia Costa, CEO do Grupo Cetro, uma pesquisa da Universidade de Duke, nos EUA, apontou que cerca de 40% de nossa rotina é feita de hábitos. É como se estivéssemos no piloto automático por mais de nove horas por dia.
Quantas vezes ao ir dirigindo para o trabalho não percebemos o trajeto, pois dirigimos no piloto automático? E o famoso relógio biológico? Nada mais é que o organismo se acostumar com ações que se tornam rotineiras, como horário de acordar e dormir, hora do almoço etc.
Condicionamos o nosso cérebro a funções cada vez mais simples e repetitivas, que podem deixar a nossa massa cinzenta preguiçosa. E quando mais precisamos, temos aqueles “brancos”, causados pelo baixo desempenho da memória. Com o tempo, se o cérebro não for exercitado com regularidade, sua capacidade produtiva pode diminuir e esses esquecimentos tendem a se intensificar.
Pesquisadores acreditam que seguir um estilo de vida saudável realizando exercícios cerebrais diariamente pode aumentar a reserva cognitiva do cérebro. Essa ginástica para o cérebro tem até nome: neuróbica. Trata-se de uma série de exercícios que estimula os cinco sentidos e melhora a capacidade de concentração, atenção e memória.
Para isso, precisamos mudar os hábitos, e é sabido que isso é uma das coisas mais difíceis da vida. Segundo Luzia, existe a teoria dos 21 dias, formulada pelo cirurgião plástico Maxwell Maltz, especializado em amputações, em meados da década de 1950. Após a amputação, os pacientes sentiam a sensação de que ainda tinham o membro amputado.
Depois de observar diversos pacientes, o médico notou que eles levavam em média 21 dias para se adaptar com a nova situação de não ter um membro. Por isso é que quando iniciamos um novo hábito, precisamos insistir até que isso vire de fato um hábito, até o cérebro entender um novo estilo de vida.
Para ajudar os interessados, seguem algumas dicas passadas pela profissional.:
1. Tire o cérebro da zona de conforto: exercícios para o cérebro ajudarão a ter uma mente mais saudável e mais produtiva. Exemplos: escovar os dentes com a mão contrária da que estamos acostumados, mudar o caminho até o trabalho, escola e/ou faculdade, escrever com a mão contrária, trocar o relógio de pulso, fazer jogos de estratégia, quebra-cabeças ou palavras cruzadas. Aprenda algo novo, como uma nova língua ou tocar um instrumento etc.
2. Analise a rotina atual: visualize tudo de ruim e tudo de bom que os hábitos atuais estão causando. Crie uma tabela de somatórias para exercícios de maus hábitos.
3. Coloque toda mudança em prática: não procrastine. As novas atitudes só dependem de você. Então, se definiu metas, mudanças na sua vida, coloque-as em prática.
4. Defina horário para se cuidar: disciplina está alinhada com a liderança, liderar você e sua mente é o que faz as pessoas terem autoridade com a família, negócios e equipe.
(Isabela Teixeira da Costa/Interina)