O que dizer em uma semana como esta? Que tal voltar ao domingo de 12 de maio? Melhor deixar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), explicar: “Considero necessário declarar que é dispensável a autorização legislativa específica para a alienação do controle acionário de subsidiárias quando houver a previsão para esse fim na própria lei que institui a empresa estatal matriz”.
O que precisa passar pelo Congresso, de acordo com o ministro Gilmar, é a privatização da “empresa-mãe”, apelido dado pela imprensa. Quando se tratar de ações das subsidiárias de empresas públicas apenas as licitações são necessárias. Foi o que ele ressaltou na quinta-feira, ao votar no Supremo.
Ele próprio detalha. Quando não é a tal empresa-mãe, o que deve ser seguido precisa espelhar “os princípios da licitação, tais como o princípio constitucional da isonomia, a seleção de proposta mais vantajosa, a garantia da impessoalidade, moralidade e o julgamento objetivo das propostas”, afirmou Gilmar Mendes, que saiu vitorioso. Diante disso, restou ao ministro Edson Fachin revogar a liminar que tinha concedido.
Diante de disso, melhor é seguir o ministro e revogar as notícias do Judiciário por hoje, embora ele esteja se esforçando muito para tratar de política. Pena que com más notícias é corrupção para cá e corrupção para lá. No Congresso, o monopólio, em mais um repeteco, é “aqueles que aprovam permaneçam como estão. Aprovado!”
Afinal, bastaram menos de quatro minutos para o presidente Jair Bolsonaro (PSL) permanecer discursando no Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA) da Marinha, no Rio de Janeiro, onde foi prestigiar a formatura dos sargentos da força naval.
“Retornamos há pouco da Argentina. Não existe bem maior para um povo do que a sua liberdade e a sua democracia. E a possibilidade de todos, de todos, galgarem a função, o cargo ou a função ao qual se propuseram e lutaram por ela. Todos são honrados no Brasil, sem exceção. O Brasil mudou e mudou para melhor”, fez questão o presidente de navegar no evento da Marinha.
Entendeu? Nem eu! Diante de tudo isso, reservo-me ao direito de lançar logo uma âncora ao mar por hoje e sair em voo rápido em busca de mais e melhores notícias, o que anda difícil ultimamente de revogar, como teve que fazer o ministro Edson Fachin.
Seminário
“Não há investidor no mundo que virá trazer recursos para o Brasil, se não tiver aqui um ambiente de segurança, de estabilidade política e jurídica.” A avaliação é do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que defende aprovação das reformas da Previdência e tributária no Congresso. Ele participou do seminário “Reforma política, PEC prorrogação do mandato, proposta da nova Previdência e as principais tramitações que impactam o município”, na sede do Centro Universitário UNA Aimorés, em BH. O evento foi mediado pelo advogado João Batista Pacheco Antunes de Carvalho, com presença de parlamentares e especialistas na área.
O sentimento
“Meu forte não é economia, mas acreditamos no feeling, na bagagem, no conhecimento e no patriotismo do Paulo Guedes, ministro da Economia, nessa questão também.” Mais uma frase do presidente Jair Bolsonaro, na volta ao Brasil ontem, ao deixar o hotel onde estava hospedado em Buenos Aires. Quanto à bagagem do ministro Guedes, não consegui saber qual foi o tamanho da mala que ele levou. Sem trocadilho com “o mala”, da gíria. Afinal pode confundir com o presidente da República.
O fundamento
Quem detalhou melhor foi o vice-presidente, Hamilton Mourão: “Óbvio que se houver possibilidade, se é factível isso, é um baita de um avanço. A União Europeia tem sua moeda única, que é o euro. Se nós chegarmos aqui, na América do Sul, a um passo desse, acho que seria bom para todo mundo”. Foi na saída de seu gabinete no Palácio do Planalto que Mourão minimizou as críticas e tucanou, ressaltando que a proposta ainda é embrionária e que é preciso ainda conhecer direito os seus fundamentos.
Fecomércio
Consenso à vista. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) marcou para o próximo dia 17 o julgamento de recursos relativos à eleição da diretoria da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), envolvida num imbróglio que se arrasta indefinidamente desde 2018.
PINGAFOGO
Em tempo, sobre a Argentina: apoio de Bolsonaro é bom ou ruim para a campanha de Maurício Macri? Ele tenta a reeleição e tem como adversária Cristina Kirchner, que foi sua antecessora e agora é candidata a vice-presidente.
“Não houve uma captação do conteúdo do dispositivo. Apenas eu tive que me desfazer da linha porque alguém acabou utilizando a mesma linha.” A frase é do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sobre a clonagem de seu telefone celular.
Em seguida, o ex-juiz da Operação Lava-Jato em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) tucanou: “Qualquer um pode ter o celular clonado”. Logo depois, Moro caiu na real: “A Polícia Federal (PF) está investigando fortemente esses fatos contra a segurança nacional”.
E aumenta a lista dos integrantes do corpo técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que pediram exoneração. Desta vez, foi o gerente da coordenação de métodos e qualidade. Tudo por causa dos cortes no censo previsto para o ano que vem e do jeito Bolsonaro de governar.
Wesley Safadão e MC Kekel lançaram ontem a sua primeira parceria. Para o videoclipe, os artistas ousaram nas cores néon e mergulharam em um clima de batalhas de hip-hop. Se o batidão romântico deles traz duelo de passinhos em videoclipe, melhor apressar a passos largos por hoje.
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