O presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL), ironizou, ontem, a decisão da juíza Tamara Hochgreb Matos, da 24ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, que o condenou a pagar R$ 100 mil a título de indenização por dano moral coletivo aos jornalistas. “O que nós devemos deixar para esse Brasil? Um Brasil melhor. Eu tenho uma filha de 11 anos. Eu faço é por ela. Não é patrimônio para ela. Eu já tenho o suficiente, no meu entender.”
“Espero que não me arranquem o dinheiro por ações como uma ontem em São Paulo, R$ 100 mil porque estou atacando a imprensa. Meu Deus do céu, eu tenho que pedir R$ 1 bilhão então para a imprensa para mim. Pago R$ 100 mil e dão1 bi para mim.”
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Bolsonaro levanta dúvidas também sobre a lisura das eleições americanasMais ataques do Tribunal Superior Eleitoral e a Cúpula das AméricasBolsonaro parte para o ataque de novo contra ministros do STFPresidente em viagem aos Estados Unidos e até usou capacete em motociataO discurso presidencial em defesa da Amazônia e sobre buscas na regiãoA magistrada afastou a alegação de que as ofensas de Bolsonaro aos jornalistas são mero exercício de liberdade pessoal, ao ponderar que o direito de o chefe do Executivo expressar sua opinião não pode ser tratado como salvo-conduto para proferir ofensas e agressões contra quem ele quiser.
“Vocês vão ver que toda essa briga da redução do ICMS não vai resultar na bomba nem no botijão de gás nem no diesel, aquilo que Jair Messias Bolsonaro está criando de expectativa. Ele faria muito mais simples se tivesse coragem de chamar a Petrobras e dizer que é preciso parar.”
A afirmação agora é do ex-presidente Lula, em entrevista à rádio Itatiaia. “Se foi uma canetada para aumentar o preço do combustível no Brasil ao preço internacional, você pode tirar também, basta uma canetada. O presidente, se tivesse coragem, teria feito isso, mas ele quer jogar a culpa nos governadores.”
O ex-presidente também criticou Bolsonaro pelos constantes ataques ao processo eleitoral brasileiro. Pelo Twitter, Lula lembrou que perdeu três eleições presidenciais e não contestou o resultado das urnas.
“Eu perdi para o Collor e para o Fernando Henrique Cardoso, e vocês não me viram protestar contra o resultado nem uma vez. Nós voltamos para casa e trabalhamos. Ganha, toma posse, perde, chora e se prepara para outra.” Tudo isso no @LulaOficial.
Onde estão?
Participaram da cerimônia, parlamentares, entidades defensoras socioambientais e também representantes da sociedade civil. O fato é que parlamentares que integram a Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados cobraram, ontem, a retomada da votação de projetos de lei relacionados ao meio ambiente. Basta um único registro: “No Dia Mundial do Meio Ambiente, eu pergunto: o que temos para celebrar e alertar?. No dia 5 de junho, duas pessoas desapareceram no Vale do Javari. Cadê Bruno e Dom Philips?”, questionou a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR).
Aterrissou
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, ontem, que a negociação prévia entre empresas e sindicatos é obrigatória nos casos de demissões em massa. Os ministros finalizaram o julgamento da ação em que a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) contestou decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que confirmou ser obrigatória a negociação coletiva nesses casos. Em 2009, cerca de quatro mil trabalhadores foram demitidos pela empresa. Por 6 votos a 3, o Supremo definiu que valerá para todos os casos semelhantes que estão em tramitação no Judiciário do país.
Chegou ao limite?
“Nosso entendimento é que estamos chegando ao limite de continuar esse controle de despesa segurando o reajuste. Está na hora de caminharmos com uma reforma administrativa que dê mais racionalidade ao gasto com pessoal.” Quem avisa é o secretário Especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, que é quem cuida do cofre. Como tudo passa por Minas Gerais, o deputado Paulo Guedes (PT-MG) condenou os cortes de recursos para as universidades federais.
Terremoto
O município de Tarauacá, no Acre, foi atingido por terremoto de magnitude 6.5 na escala Richter, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), na terça-feira. É o maior tremor registrado na história do país, superando um tremor de terra acontecido em 31 de janeiro de 1955 na Serra do Tombador, em Mato Grosso, que teve magnitude 6.2. Ele foi pouco percebido porque aconteceu a uma profundidade de 621 quilômetros, logo na superfície da Terra. Ah! E teve ainda um segundo tremor.
Máscara de novo
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, ontem, voltar a tornar obrigatório o uso de máscaras dentro do tribunal até 22 de junho. De acordo com a portaria publicada, a medida é de prevenção diante do aumento de casos da pandemia da COVID-19 no Distrito Federal. O STF poderá prorrogar o prazo, dependendo do cenário epidemiológico. O texto estabelece ainda que a máscara, bem ajustada e cobrindo boca e nariz, deve ser usada em todos os ambientes do Supremo e também nos carros oficiais.
Pinga-fogo
Em tempo, sobre a nota ‘Máscara de novo’: além da máscara, outros cuidados permanecem recomendados, como higienizar as mãos, manter o esquema de vacinação completo e atualizado, ou seja, a terceira e a quarta doses, evitar as aglomerações e respeitar o distanciamento.
Para registro: o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) voltou a alfinetar Lula, afirmando que o petista resolverá questões internas tomando pinga. Bolsonaro voltou também a falar das dificuldades da cadeira presidencial, mas caracterizou como uma missão.
E tem mais de Bolsonaro: “Já pensou? Ele