“Temos o potencial de produção excedente de energia eólica no mar, na ordem de 700GW, equivalente a quatro vezes nossa atual capacidade instalada, ou a 50 Itaipus. As eólicas na costa do nosso Nordeste poderão produzir hidrogênio e amônia verde para exportação. Nesse momento em que países desenvolvidos recorrem a combustíveis fósseis, o Brasil assume papel fundamental como fornecedor de energia totalmente limpa, rumo a uma nova economia neutra em emissões.”
É trecho do discurso do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), na segunda sessão plenária da 9ª Cúpula das Américas. Ele lembrou que o Brasil sempre foi pioneiro na transição energética, “tendo iniciado a descarbonização há quase meio século, com biocombustíveis e outras fontes”.
O presidente da República também fez acenos ao eleitorado conservador, ao dizer que seu governo “acredita em Deus, respeita seus militares, é favorável à vida desde a concepção e defende a família”.
Cobrado pela comunidade internacional, Jair Bolsonaro também falou em seu discurso do desaparecimento na Amazônia do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips. Ele disse que estão sendo feitas buscas incansáveis pela dupla. Os dois sumiram no Vale do Rio Javari, no último domingo.
E teve ainda o presidente argentino Alberto Fernández, cujo partido é pouco usual, Frente de Todos. “O diálogo na diversidade é o melhor instrumento para promover a democracia, a modernização e a luta contra a desigualdade”, afirmou.
Fernández ainda questionou as ausências de Cuba, Venezuela e Nicarágua, países que não foram convidados por não serem democráticos e por violar os direitos humanos. “Cuba suporta um bloqueio de mais de seis décadas imposto nos anos da Guerra Fria e a Venezuela tolera outro.” E enfatizou a pandemia da COVID-19, “que assola a humanidade e atinge milhões de vidas”.
Para encerrar tem o tweet: “O presidente @jairmessiasbolsonaro foi recebido em Los Angeles pelas @vovosdelasvegas–official no Instagram, com chapéus nas cores da bandeira do Brasil”. Quem postou, como não poderia deixar de ser, foi @FlavioBolsonaro. Vestidas de verde e amarelo, um grupo chamado de “vovós de Las Vegas” abraçou e converssou com o presidente brasileiro.
Dois dígitos
O presidente da República em exercício, senador Rodrigo Pacheco (PSD), ressaltou, ontem, que “neste momento de civilidade e de respeito com o problema do Brasil, que é o problema dos dois dígitos: juros a dois dígitos, inflação a dois dígitos e, em alguns lugares, a gasolina a dois dígitos”. Ele está cumprindo a função no Planalto porque o titular e o imediato estão fora do Brasil. Jair Bolsonaro está nos EUA. O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também estão no exterior para não ficarem inelegíveis em outubro.
Nova derrota
Desta vez, sem a interrogação. Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu não devolver o mandato para o deputado federal bolsonarista Valdevan Noventa (PL-SE). Votaram contra devolver o mandato os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski. E como não poderia deixar de ser, quem votou a favor foram os dois ministros indicados pelo presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) para o Supremo Tribunal Federal.: Nunes Marques e André Mendonça.
É da Sorbonne
Godofredo de Oliveira Neto é um escritor e professor universitário brasileiro, formado em letras e altos estudos internacionais pela Sorbonne. O fato é que a Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu, com 22 votos, o escritor e professor universitário Godofredo de Oliveira Neto para ocupar a cadeira 35 do quadro de membros efetivos da instituição. Participaram da eleição, na sede da ABL, o Palácio Petit Trianon, 34 acadêmicos de forma presencial ou por carta. Ele ocupará a vaga de Cândido Mendes de Almeida, que faleceu em 17 de fevereiro deste ano.
ONU
O Alto Comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos pediu ao governo brasileiro que redobre os esforços nas operações de buscas ao jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, e ao indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), que desapareceram no Vale do Javari, na Amazônia. A porta-voz da agência da ONU, Ravina Shamdasani, reclamou da demora do governo brasileiro para iniciar as buscas. A novela continua, já que a última vez em que eles foram vistos tem quase uma semana.
Novos rumos
“Colocarei meu nome para apreciação dos deputados para a vaga de conselheiro do TCE-MG. Teremos um importante processo de votação e o meu propósito é continuar contribuindo para a construção de um estado mais justo e igualitário.” O presidente da Assembleia Legislativa (ALMG), deputado estadual Agostinho Patrus (PSD), anunciou oficialmente, que tentará ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado. A escolha se dará por meio de eleição no plenário do Legislativo, no fim deste ano.
Pinga-fogo
Em tempo sobre a nota ‘ONU’: material orgânico aparentemente humano é encontrado em rio durante buscas por desaparecidos no Amazonas. O material foi encaminhado para análise pericial pelo Instituto Nacional de Criminalística da PF. Melhor esperar o resultado.
Afinal, o comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal (PF), informou ainda que, nas últimas 24 horas, a Operação Javari prosseguiu com a busca fluvial e com reconhecimento aéreo na região do Rio Itaquaí, último local em que Bruno Pereira e Dom Phillips foram vistos.
O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, mandou, ontem, ofício ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, no qual questiona o tratamento de sugestões apresentadas pelos militares sobre o processo eleitoral.
O ministro bolsonarista escreve que “as divergências que ainda persistam podem ser dirimidas com a pretendida discussão entre as equipes técnicas”. Em sua avaliação, “não basta a participação de observadores visuais, nacionais e estrangeiros, do processo eleitoral”.
Sendo assim, é chegada a hora de encerrar por hoje. FIM!