As decisões da Mercedes-Benz, de dar férias coletivas para os 5,6 mil empregados de suas fábricas em São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG) entre 18 de abril e 3 de maio, e da Toyota, de reordenar sua produção no país com o fechamento da fábrica em São Bernardo até o fim de 2023, mostram que a indústria automotiva se ajusta a um início de ano fraco, com queda de 22,5% nos emplacamentos de janeiro a março.
Além do pior primeiro trimestre em 16 anos, as montadoras ainda convivem com o desarranjo nas cadeias globais de suprimento, que depois de superar a pandemia de COVID-19 agora sofrem com a guerra na Ucrânia e os pesados embargos impostos à economia da Rússia.
A perspectiva era de que os problemas enfrentados pelo setor fossem normalizados no segundo semestre deste ano. Mas as incertezas nas cadeias de abastecimento não garantem mais esse prazo. Isso porque a Rússia é importante produtora de paládio, mineral usado para fabricar semicondutores e chips.
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O setor automotivo é apenas um dos segmentos da indústria da transformação afetados pela desorganização das cadeias produtivas e dos aumentos de custos de energia (petróleo) e transportes (fretes marítimos) e das commodities agrícolas e minerais, que afetam os setores de alimentação, químicos e metalúrgico, entre outros.
Em live está semana no canal da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente da entidade máxima da indústria, Robson Braga de Andrade, reconheceu o problema. “Os impactos da guerra com desorganização das cadeias de produção, o aumento da inflação e dos juros ampliam as dificuldades que a economia já vinha enfrentado para superar a crise trazida pela COVID-19”, disse ele no primeiro seminário da série “200 anos de Independência – A indústria e o futuro do Brasil”, promovido pela CNI em parceria com o Poder360.
Em live está semana no canal da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente da entidade máxima da indústria, Robson Braga de Andrade, reconheceu o problema. “Os impactos da guerra com desorganização das cadeias de produção, o aumento da inflação e dos juros ampliam as dificuldades que a economia já vinha enfrentado para superar a crise trazida pela COVID-19”, disse ele no primeiro seminário da série “200 anos de Independência – A indústria e o futuro do Brasil”, promovido pela CNI em parceria com o Poder360.
Para o empresário, o cenário de incertezas deve ser aproveitado agora como estímulo para que problemas antigos do setor sejam equacionados. “A medida mais importante para o país voltar a crescer de forma sustentável é a aprovação de uma reforma ampla da tributação sobre consumo, que elimine as distorções, simplifique o sistema e desonere as exportações e os investimentos e também necessitamos de ações que estimulem a inserção internacional das nossas empresas e de uma política industrial que promova a inovação e o desenvolvimento tecnológico”, disse Robson Andrade ao discursar, repetindo reivindicações feitas há anos pela indústria brasileira, que vem perdendo participação na economia.
O presidente da CNI lembrou que a indústria de transformação brasileira é mais diversificada que a média de países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas que ainda assim enfrenta dificuldade em competir em igualdade de condições no mercado global.
“Infelizmente, temos perdido espaço”, lamentou o empresário, ao lembrar que nos últimos 10 anos a indústria de transformação brasileira encolheu 1,4% em média a cada ano, com impacto sobre o crescimento da economia como um todo, que foi, em média, de apenas 0,2% ao ano. “Em grande parte, esse desempenho se deve ao custo Brasil, antigo conjunto de ineficiências estruturais que inibem os investimentos, diminuem a competitividade das empresas e comprometem a qualidade de vida da população.”
“Infelizmente, temos perdido espaço”, lamentou o empresário, ao lembrar que nos últimos 10 anos a indústria de transformação brasileira encolheu 1,4% em média a cada ano, com impacto sobre o crescimento da economia como um todo, que foi, em média, de apenas 0,2% ao ano. “Em grande parte, esse desempenho se deve ao custo Brasil, antigo conjunto de ineficiências estruturais que inibem os investimentos, diminuem a competitividade das empresas e comprometem a qualidade de vida da população.”
Hoje, a indústria responde por 22% da geração de riquezas do Brasil, por 72% do valor das exportações e por 33% dos impostos recolhidos pela União, segundo números da confederação do setor, mas carece de uma política industrial e convive com as ineficiências estruturais históricas que, na avaliação de Robson Andrade, podem ser superadas, mesmo com o momento de incertezas.
No chão das fábricas, a pressão é de custos, que, com o prologamento do conflito na Ucrânia, representará repasse para os preços, com impacto sobre a inflação, em um primeiro momento, e sobre os juros, na sequência. Juros mais altos inibem o consumo e a produção e encarecem investimentos, ampliando as mazelas da indústria brasileira.
No chão das fábricas, a pressão é de custos, que, com o prologamento do conflito na Ucrânia, representará repasse para os preços, com impacto sobre a inflação, em um primeiro momento, e sobre os juros, na sequência. Juros mais altos inibem o consumo e a produção e encarecem investimentos, ampliando as mazelas da indústria brasileira.
Dados expostos
Com avanço no uso, os wearables, dispositivos tecnológicos usados como acessórios e para monitorar sinais vitais, até marca-passo, podem sofrer ameaças concretas de invasão. Quem alerta é Raul Colcher, do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE). “Há ameaças concretas de intrusão e uso indevido dos dados coletados por esses dispositivos e aplicativos e, em certos casos, até mesmo danos à saúde dos afetados”, diz ele.
Investimentos
R$ 2 BIlhões - É o valor sob assessoria do B.Side Investimentos, que está abrindo uma unidade em Belo Horizonte
Imóveis
A Brasal Incorporações fechou o ano passado com R$ 1 bilhão em volume geral de vendas, mil novos clientes e crescimento de 336,4% nos investimentos em terrenos. Em relação à meta de vendas, no número final do ano representou 107,3%. Para este ano, a empresa quer instalar 26 canteiros de obras simultâneos, o que vai representar um recorde na companhia, que no ano passado elevou seu quadro de pessoal para mil funcionários.