

O herdeiro da receita conta que o entra e sai de freguesia ecl�tica fez a fama do lugar. H� muito tempo, conta, o balc�o do estabelecimento � considerado o mais democr�tico da cidade. “Quando meu pai come�ou o neg�cio, BH era uma cidade bem diferente de hoje, que concentrava todo o movimento na regi�o central. Assim, o caldo virou s�mbolo de refei��o r�pida e forte. Ainda hoje atrai muita gente, de todo tipo, de funcion�rios p�blicos gabaritados a profissionais que trabalham madrugada adentro. E mesmo gera��es mais jovens, interessadas no sabor da iguaria. A comida de rua, popular, faz parte da cultura de qualquer povo. � por meio dele que expressamos prazer, valores, tra�os da cozinha regional”, afirma.
Hoje, digo que fazemos parte da hist�ria da cidade, suscitamos lembran�as. N�o somos s� uma portinha aberta, mas refer�ncia”, acredita.
N�o � diferente na fam�lia de Eliane Assis Campos Jafar, tamb�m segunda gera��o no preparo de uma receita que se tornou um cl�ssico na hist�ria da culin�ria de rua mineira, o tropeiro do 13. “Comecei a trabalhar com minha m�e, Euvina de Oliveira, no Bar do 13, na arquibancada inferior do Mineir�o, aos 10 anos. Ficamos l� at� a reforma do est�dio para a Copa do Mundo de 2014. Depois das mudan�as, recebemos convite para voltar, mas, se aceit�ssemos, ter�amos que rever a receita, e preferimos realmente manter os processos artesanais que cativaram nosso p�blico”, conta.
Entre os principais diferenciais da receita, ela aponta o cuidado na produ��o, “de pouquinho em pouquinho”, o uso de caldo de feij�o, “para deixar o prato mais molhadinho” e o arremate com o molho de tomate sobre a couve, “alternativa para n�o servir a folha 100% crua” – toque que se tornou marca registrada do tropeiro, famoso ainda pelo bife de pernil e ovo estalado, “frito na hora”, uma refei��o completa.

Ap�s um boom com grande crescimento de neg�cios at� 2016, ele informa que apenas profissionais t�m continuado no mercado, levando ingredientes e produtos mineiros para diversas regi�es da cidade, do interior e para al�m-montanhas. O presidente lembra ainda que, desde 2014, a categoria espera a aprova��o de um projeto de lei (PL) para regulamentar as atividades do segmento. “Fomos a segunda cidade do Brasil a entrar com o PL, e at� hoje a prefeitura n�o liberou. Estamos na expectativa, pois o mercado de food truck movimenta milh�es de d�lares por ano nos EUA”, justifica.
Ainda segundo ele, o mercado atual est� coeso. “J� houve quase 300 trucks associados, hoje estamos na faixa de 120 em Minas Gerais, 50 em BH, turma que tem contribu�do com uma nova culin�ria, transformando a antiga oferta de rua em refei��es mais elaboradas, com ingredientes e temperos mineiros, divulgando assim nossa culin�ria em festas, feiras e eventos de rua.”
Gastronomia ao ar livre
Aos s�bados – com a feira Tom Jobim, e aos domingos, na Avenida Afonso Pena, o p�blico encontra variada oferta de comes e bebes que tamb�m contam a hist�ria da cidade. Confira:
Feira da Afonso Pena (Feira Hippie)
Idealizada por um grupo de artistas mineiros e cr�ticos de arte, surgiu na Pra�a da Liberdade em 1969. Em1991, j� reconhecida e oficializada pela Prefeitura (1973), a Feira Hippie - nome carinhosamente dado pela popula��o e pelos visitantes foi transferida para a Avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte, dando origem � maior feira de artesanato a c�u aberto da Am�rica Latina. Com o nome atual de Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte, � dividida em 16 setores, inclu�ndo tr�s �reas de alimenta��o, com mais de 2mil expositores e cerca de 10 mil trabalhadores diretos e indiretos. Ela recebe, em m�dia, 60 mil visitantes a cada domingo. Endere�o: Avenida Afonso Pena, 1060 – Centro (entre Rua da Bahia e Rua Guajajaras); Hor�rio de funcionamento: aos domingos, das 8h �s 14h. Informa��es: (31) 3277-4914/156.
Feira Tom Jobim & Antiguidades
Sob a sombra de gameleiras seculares, a Feira Tom Jobim de Comidas e Bebidas T�picas atrai dezenas de visitantes aos s�bados, representando um dos mais tradicionais festivais gastron�mico ao ar livre da cidade. Atualmente, conta com 12 expositores que comercializam bebidas, comida nacional e estrangeira, al�m de atra��es culturais. Tamb�m abriga a Feira de Antiguidades que surgiu em 1983, na Pra�a da Liberdade, e que hoje conta com 17 expositores que vendem objetos raros e singulares que atraem admiradores e colecionadores.
Endere�o: Avenida Caranda� – Funcion�rios (entre Avenida Brasil e Rua Cear�); Hor�rio de funcionamento: aos s�bados, Tom Jobim, das 10h �s 18h; Antiguidades , das 9h �s 15h. Informa��es: (31) 3277-4914/156.