SHOW GRATUITO
Jean William e Fafá de Belém
O tenor Jean William (foto), uma das vozes da música erudita brasileira contemporânea, desembarca em Belo Horizonte com seu novo espetáculo solo Grandes temas por Jean William, no sábado, 14 de março, às 21h, no Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia 2.244, Lourdes). O show gratuito terá participação especial de Fafá de Belém. O cantor lírico já dividiu o palco com João Carlos Martins, Laura Pausini, Simone e Sandy. Em 2013, cantou para o papa Francisco e uma multidão estimada em mais de 1 milhão de peregrinos na Jornada Mundial da Juventude. Ingressos podem ser retirados pelos sites www.eventim.com.br e centroculturalminastc.com.br. Informações: (31) 3516-1360.
FESTIVAL DE BERLIM
PREMIAÇÕES
O filme There is no evil (foto), do iraniano Mohammad Rasoulof, impedido por autoridades de sair daquele país, foi premiado na noite de sábado com o Urso de Ouro do 70º Festival de Berlim, em uma edição de forte caráter político. Já o drama brasileiro Todos os mortos não saiu com troféu. O júri, presidido pelo britânico Jeremy Irons, concedeu o prêmio máximo ao filme de Rasoulof, que aborda a pena de morte, um tabu no Irã. O diretor está impedido de deixar seu país devido ao filme Lerd, que denuncia a corrupção no Irã e foi premiado em Cannes em 2017. Ele também é proibido de filmar. "Gostaria que ele estivesse aqui. Muito obrigado a toda esta equipe incrível que arriscou sua vida para estar no filme", disse o produtor Farzad Pak ao receber o troféu.
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Em entrevista coletiva posterior, Pak conseguiu falar brevemente com o diretor por videoconferência no celular. "Quis falar sobre as pessoas que tomam decisões baseadas na pressão externa. Das pessoas que fogem da responsabilidade, mas que têm a possibilidade de dizer não ao governo”, disse Rasoulof. O filme favorito da crítica, Never rarely sometimes always, da americana Eliza Hittman e que defende o direito ao aborto, levou o Grande Prêmio do Júri. Os atores Elio Germano, da Itália, e Paula Beer, da Alemanha, ficaram com os troféus de melhor interpretação, por seus papéis em Hidden away e Undine.
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A fotografia do polêmico DAU. Natasha, considerado pornográfico na Rússia, foi recompensada por sua "contribuição artística excepcional". O filme faz parte do projeto experimental monumental do russo Ilya Khrzhanovsky, que filmou durante dois anos 400 voluntários em uma réplica de cidade científica soviética na Ucrânia. A 70º edição do festival também foi marcada por revelações sobre o passado nazista de um ex-diretor da Berlinale, que forçou os organizadores a transformar o Prêmio Alfred-Bauer em Urso de Prata.
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O brasileiro Meu nome é Bagdá, de Caru Alves de Souza, foi premiado na Berlinale na seção Generation 14Plus. O filme é uma adaptação de Bagdá, o skatista, de Toni Brandão. Bagdá, no livro, é um garoto de periferia. Tem uma prima – Tatiana. Pesquisando sobre skate, Caru chegou à pista da Praça Roosevelt, em São Paulo, e descobriu as garotas que têm de superar o preconceito para usufruir daquele espaço. O filme, então, conta com mulheres causando nas ruas, lutando por seus direitos, sua voz. Outro brasileiro premiado nas diferentes seções do Festival de Berlim foi a coprodução uruguaia-brasileira. Chico Ventana también quisiera tener un submarino, de Alex Piperno.
MOVE CONCRETO
INSCRIÇÕES ABERTAS
A partir desta segunda-feira (2) estão abertas as inscrições para a mostra Move concreto! Vídeo dança pela cidade, evento realizado pelo Grupo Contemporâneo de Dança Livre, que será realizado de 16 de junho a 7 de julho, em cinco centros culturais de Belo Horizonte, com entrada gratuita. O evento tem curadoria da artista e professora Anamaria Fernandes. Por meio de edital serão selecionados 10 vídeos para compor a programação da mostra. Podem ser inscritas obras de artistas que residam em Belo Horizonte ou região metropolitana e que abordem as diversas relações entre a dança e os espaços públicos da cidade. As inscrições seguem até 5 de abril, com preenchimento de formulário disponível no blog gcdlmg.blogspot.com.br. Informações: moveconcreto@gmail.com.
Artesanato e mostra
Bonecas africanas E quilombos
Imagens e produtos artesanais dos quilombos de Minas Gerais, em especial da comunidade Cachoeira dos Forros, estão nas mostras de artesanato e de fotografia que abrem nesta segunda-feira (2) a temporada 2020 do Assembleia Cultural, na Galeria de Arte (Rua Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho). A Associação Comunitária de Agricultores e Artesãos da Cachoeira dos Forros e Região (Acafor) é a responsável pela comercialização dos artesanatos. O destaque são as bonecas Abayomi, palavra que significa “encontro precioso” em iorubá. Já a exposição fotográfica Libertos (foto), de Luiz Maia, apresentará registros dos quilombos de Minas, com destaque para Cachoeira dos Forros. Os trabalhos podem ser vistos até sexta-feira (6), das 8h às 18h. Entrada franca. Informações: (31) 2108-7827.