Estreia na direção de Wagner Moura, o filme “Marighella”, que chegou aos cinemas e a plataformas de streaming nos EUA em 30 de abril, foi alvo de vazamento no Brasil. O filme, que só estreia no país em 20 de novembro, circulou no último fim de semana por meio de redes sociais. Um link não oficial deu acesso à produção com legendas em inglês.
A equipe do longa se reuniu na segunda-feira (10/5) para decidir o que fazer enquanto as páginas com o link pirata eram derrubadas.
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O caso envolvendo “Marighella” é semelhante ao ocorrido em 2007, com “Tropa de elite”, de José Padilha. Na época, uma versão não finalizada do filme foi parar em camelôs de todo o país, fazendo com que sua continuação, em 2010, fosse lançada com vários protocolos anti-pirataria.
Inicialmente ele estava programado para chegar ao circuito comercial em 20 de novembro de 2019, Dia da Consciência Negra. Só que em agosto daquele ano a produtora O2 Filmes teve dois pedidos de recurso para a comercialização de “Marighella” negados pela Ancine, a Agência Nacional de Cinema.
Um dos recursos negados se referia a um possível pedido de ressarcimento de despesas pagas com dinheiro da produtora no valor de cerca de R$ 1 milhão, por meio do Fundo Setorial do Audiovisual, o FSA. O outro questionava se a verba para comercialização do filme poderia ser adiantada.
Em janeiro de 2020, foi anunciado que o filme estrearia em maio. Em decorrência da pandemia, o lançamento foi adiado para abril de 2021 e agora para novembro.
Estrelada por Seu Jorge, a cinebiografia narra os últimos anos de vida de Carlos Marighella (1911-1969), guerrilheiro que liderou um dos maiores movimentos de resistência contra a ditadura militar no Brasil, na década de 1960. A base do filme é o livro “Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo” (2012), do jornalista Mário Magalhães.
No elenco também estão Bruno Gagliasso, Adriana Esteves, Humberto Carrão, Luiz Carlos Vasconcelos, Herson Capri e Bella Camero.