Na sexta-feira passada, boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) confirmava a morte de 51 pessoas em todo o estado por complicações da dengueAs últimas vítimas também eram mulheres, uma de 30 anos, que faleceu em Muiraé, na Zona da Mata, e a outra de 27, em Contagem, na Grande BHO órgão informou que em menos de quatro meses houve aumento de 283% nas mortes em relação a todo o ano passado (18 óbitos de janeiro a dezembro de 2012 e 51 de janeiro até 27 de abril)Em 116 dias, os casos confirmados já são 351% a mais do que em 2012A situação só não é pior do que em 2010, quando houve a maior epidemia, com 194.636 casos confirmados e 106 mortes.
O Triângulo Mineiro ainda é a Região com maior número de mortes por dengue neste anoSão 17 no totalSó em Uberaba foram 12Uberlândia e Ituiutaba registraram dois óbitos cada e Carneirinho umNos Vales do Jequitinhonha e Mucuri foram sete registros (um em Frei Gaspar, quatro em Teófilo Otoni, um em Águas Formosas e um em Carlos Chagas)
A Zona da Mata, onde ocorreu o último óbito confirmado, tem seis registros (um em Carangola, um em Pirapetinga, três Muriaé, e um Juiz de Fora)Na Região Central, Sete Lagoas tem três óbitos confirmadosNo Vale do Rio Doce, Ipanema e Pirapora registraram uma morte cadaNo Alto Paranaíba, Campos Altos teve uma morte confirmada e no Centro-Oeste Itaúna teve um registroNa Região Metropolitana de Belo Horizonte foram oito registros, sendo três na capital, três em Contagem, um em Pedro Leopoldo e um em Santa Luzia.
Segundo a SES, a Fundação Ezequiel Dias comprovou a transmissão simultânea por diferentes sorotipos da dengue em Minas Gerais desde 2008Em 2011 foi detectada a reintrodução do sorotipo DEN-4 no EstadoTais circunstâncias propiciam o aumento da transmissão da doença e a ocorrência de maios número de casos gravesO sorotipo DEN-4, que não circulava em Minas há 30 anos, deixa a população com menos de 30 anos mais suscetível à infecção.
O efetivo combate à doença ainda depende da ação individual de cada cidadãoSegundo a SES, pesquisas recentes apontam que mais de 80% dos focos de Aedes aegypti encontram-se dentro das residências