"Estamos sem poder abrir as portas há 68 dias, acumulando prejuízos que estão destruindo tudo o que consquistamos com muito trabalho. E mesmo assim não fomos informados pela prefeitura sobre quando se prevê a retomada das atividades ou ao menos em quais condições objetivas ela se dará. Nem cidades que chamaram atenção do mundo pela dramática propogação do novo coronavírus, como Nova York (EUA) e Milão (Itália), tiveram seus estabelecimentos fechados por 60 dias”, afirma o empresário, que espera uma resposta ainda esta semana, quando iniciou a flexibilização do distancimento social, com 9.729 estabelecimentos comerciais sendo autorizados a voltar à ativa.
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Minas aumenta em 400% os casos positivos para COVID-19 Com filas e limitação de clientes, shopping popular reabre em BHMinas chega a 230 mortes e quase 7 mil casos de coronavírusPrimeiro dia de reabertura do comércio em BH tem ônibus cheios e ruas movimentadasEm BH, livrarias da Savassi reabrem entre o alívio e a apreensãoEntre as medidas desejadas, além de poder voltar a receber clientes, está o uso de calçadas por seis meses “sem custos ou burocracia”, respeitando, “obviamente, o afastamento das pessoas e a circulação dos cidadadãos”. “Senhor prefeito, que Deus o ilumine e dê a sabedoria e serenidade tão típica do povo mineiro, que o permita ajudar a reduzir o enorme sofrimento da nossa população e dos que fizeram de Belo Horizonte a capital mundial dos bares”, finaliza Solmucci.
Resposta
Resposta
Procurada pela reportagem por meio da assessoria de comunicação, a PBH ainda não respondeu aos questionamentos. Desde 18 de março, bares e restaurantes só podem fornecer comida e bebida via entrega ou para que as pessoas encomendem e levem para casa. Isso, porém, não é suficiente para a maioria dos estabelecimentos pagar as contas.
Além do mais, sem atendimento ao público no próprio local, não há necessidade dos garçons. Muitos foram demitidos ou tiveram o contrato de trabalho suspenso.
Para voltarem a funcionar, certamente bares e restaurantes vão precisar se adequar à realidade imposta pela ameaça do novo coronavírus. Em alguns países europeus, foram usadas estufas para separar as mesas. Também terão a capacidade diminuída, até para manter o distanciamento entre as pessoas.
Por enquanto, o jeito é fazer a refeição em praças ou mesmo levar a comida para casa. Como fez nesta segunda-feira a aposentada Ermelinda Souto. "A gente tem de se adaptar, repensar bastante coisa na nossa vida", afirma ela, que é moradora do Centro de BH e costumava se alimentar nos próprios resturantes.