Carros enfeitados com balões, cartazes e imagens do santo percorreram as ruas, com direito a buzinaço. Os trajes típicos dos dançarinos precisaram ganhar um acessório novo: as máscaras para evitar a transmissão do coronavírus.
Casais de dançarinos acrescentaram máscaras aos trajes típicos (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
“No início de junho, dia de Santo Antônio, estamos relembrando nosso cortejo que acontece anualmente. Viemos para as ruas dentro dos carros, com três pessoas por veículo, todo mundo de máscara, passando álcool em gel, para festejar um pouco e mostrar à cidade que a cultura junina continua viva”, disse o presidente da União Junina Mineira, Jadson Nantes, ressaltando que o grupo respeita todas as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde e que os ensaios das quadrilhas foram suspensos para evitar aglomerações.
Ao todo, 58 veículos participaram do cortejo, cada um representando um grupo. A carreata saiu de uma das entradas do Parque Municipal às 11h30, passando pela Avenida Afonso Pena, Rua dos Caetés, Rua da Bahia e Rua dos Tupinambás, terminando na Praça da Estação, na Avenida dos Andradas.
Carreata percorreu no Centro de BH neste sábado (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Nantes disse que a União já planeja as comemorações do dia de São João, em 24 de junho, mas por enquanto, eles vão manter os planos em “segredo”. Ele, Santo Antônio e São Pedro são homenageados nos festejos juninos pelo país.
Moradora de rua tentou agredir um quadrilheiro, mas foi contida por conhecidos (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)MOMENTO TENSO Nem tudo foi festa na dispersão da carreata. Um dos quadrilheiros quase foi agredido por uma moradora em situação de rua na Praça da Estação. O momento foi flagrado por Leandro Couri, da reportagem do Estado de Minas. A mulher foi na direção do rapaz dizendo que jogaria uma frigideira com gordura gente nele, mas outras pessoas que estavam com ela na calçada não permitiram e disseram que ela sofre de problemas psicológicos. O quadrilheiro preferiu não dar entrevista.