Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Nova Lima e cidades vizinhas não terão carnaval de rua em 2022

A Prefeitura de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) informou que, com base nos números da pandemia da COVID-19, decidiu, em conjunto com as prefeituras vizinhas, Raposos e Rio Acima, por suspender o carnaval em 2022.




 
“Trata-se de uma decisão de impacto regional e que demonstra ser a medida mais prudente neste momento, considerando a variante Ômicron, além da nova cepa da gripe”, disse o comunicado.
 
Com essa decisão, em Nova Lima, o carnaval de rua com desfile de blocos está cancelado, e qualquer manifestação de foliões nas ruas está proibida.
 
Em relação aos eventos privados e fechados, com controle de entrada, apresentação de exames e cartão de vacina, eles continuam permitidos em Nova Lima. A gestão municipal reitera, no entanto, que segue acompanhando os números epidemiológicos e pode, se necessário, também proibir esse tipo de festa.
 
A Prefeitura comunica também que haverá expediente normal nos dias 28 de fevereiro, 1º e 2 de março de 2022, nas repartições públicas municipais.
 
“O governo municipal ressalta que compreende a frustração dos foliões diante de mais um ano sem a tradicional festa popular, mas reafirma seu compromisso com a saúde e segurança de todas e todos”, pontuou a nota.




 
A Prefeitura emitiu um alerta para a população ficar atenta que em uma semana dobraram os casos de COVID-19 em acompanhamento na cidade. Em 21/12 eram 47 casos e na terça-feira (28/12) já eram 98. Segundo o último boletim epidemiológico, atualmente há 4.464 casos em investigação.  
 

Bloco tradicional já arrastou 40 mil foliões  

 
Uma das cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) que mais recebe foliões no período do carnaval é Nova Lima. Um dos mais tradicionais, o Bloco dos Sujos, já arrastou mais de 40 mil foliões pelas ruas da cidade.
 
O bloco nasceu nos anos 1920, quando era formado por trabalhadores da Mina de Morro Velho, que saiam do trabalho na manhã de domingo de carnaval e desciam as ruas da cidade dançando e cantando. Estavam sujos de terra, pelas escavações feitas no trabalho. Por isso, ganhou esse nome. A tradição se manteve e os foliões descem pela Rua Santa Cruz, desde o Bicame até a Praça da Igreja de Nossa Senhora do Pilar.

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