O governo da Costa do Marfim prometeu nesta quarta-feira uma investigação rápida, de no máximo 3 dias, sobre a correria que causou a morte de 63 pessoas em Abidjan durante a celebração do Ano Novo.
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Costa do Marfim decreta luto oficial de três dias em homenagem a mortos em tumultoTragédia na passagem de ano mata 60 na Costa do MarfimNo primeiro dia de luto nacional de três dias decretado pelo presidente Alassane Ouattara, o primeiro-ministro Daniel Ducan reuniu uma célula de crise para ajudar as famílias.
Segundo a autoridade, a investigação sobre a tragédia será concluída em "72 horas" e permitirá "tirar lições".Ducann considerou que não houve falhas na segurança durante as celebrações do Ano Novo, que reuniram "entre duas e três milhões de pessoas" nas ruas da capital econômica.
No local do acidente, flores foram depositadas aos pés de um árvore em memória das vítimas.A origem da tragédia continua incerta. Segundo a polícia, a correria aconteceu pelo encontro de duas multidões de expectadores que se dirigiam em sentido contrário.
Algumas testemunhas relataram confusões em meio à multidão e outras falaram da queda de vítimas em um fosso.As autoridades reconheceram a presença de troncos de árvores no chão e a falta de iluminação no local.
O chefe da ONU na Costa do Marfim, Bert Koenders, lamentou "este incidente trágico", que deixa de luto o país no início de 2013, um ano "de esperança para a consolidação da paz, a reconciliação, apaziguamento político, impulsionamento da economia e bom-estar para todos".Pilhas de roupas e sapatos ainda estavam espalhadas pelo chão, vestígios do tumulto que ocorreu por volta das 02h00 locais (00h00 de Brasília). De acordo com as autoridades, mais de 50.000 pessoas, celebravam a noite de Ano Novo nas ruas.
A Costa do Marfim tenta superar a crise pós-eleitoral de dezembro 2010-abril 2011, que causou cerca de 3.000 mortes.