Na entrevista à NBC, Lonnie exigiu também que Edward não seja obrigado a se manter em silêncio. A emisssora esclareceu que pai e filho não se falam desde abril. "Não tenho a sensação de que ele tenha cometido uma traição. Ele violou a lei americana, já que divulgou informações confidenciais. Mas, para aqueles que querem rotulá-lo como traidor, não creio que ele tenha feito isso com o povo dos EUA", defendeu Lonnie.
Edward Snowden mostrou que os EUA mantêm um programa secreto, chamado Prism, coordenado pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), para monitorar dados de usuários de internet fora do território americano. A NSA, cujo material foi divulgado por Snowden, é uma das organizações mais sigilosas do mundo. Ontem, o Departamento de Defesa dos EUA bloqueou as informações sobre esse e outros programas de monitoramento em seus computadores. "Se um site decidir publicar informações que o Pentágono considera confidenciais, esses dados serão filtrados e as redes militares os tornarão inacessíveis", explicou o tenente-coronel Damien Pickart.
O futuro de Snowden deverá ser discutido, depois de amanhã, por diplomatas do Equador, da Rússia, de Cuba e da Venezuela. A reunião está marcada para ocorrer na Câmara Cívica da Federação Russa, em Moscou, e contará com a participação de ativistas de direitos humanos. Na quinta-feira, o presidente equatoriano, Rafael Correa, enviou um recado a Washington. "É ultrajante tentar deslegitimar um Estado por ele ter recebido uma petição de asilo", declarou.