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Chilenos vãos às urnas em uma das eleições mais disputadas desde o retorno à democraciaEx-presidente Michelle Bachelet é grande favorita para vencer eleições no ChileEstudantes ocupam central de comando da campanha de Michelle Bachelet“Podemos ter muitos, poucos ou quase nenhum voto, mas já conseguimos um dos nossos objetivos: instalar no Chile o debate sobre a necessidade de convocar eleições, para escolher os membros de uma Assembleia Constituinte, e reformar a Constituição”, disse, em entrevista à Agência Brasil, o coordenador da campanha, Ignacio Iriarte. “Um sinal de sucesso é que já fomos tema de quatro editoriais do jornal conservador El Mercurio, que nos considera uma ameaça à estabilidade das instituições chilenas”.
A reforma constitucional é uma das principais bandeiras da socialista Michelle Bachelet – candidata da aliança de partidos de centro-esquerda à presidência e favorita de todas as pesquisas de opinião. Mas vários dos outros oito candidatos a presidente também propõem mudar a Constituicao, que limita a atuação dos políticos em geral e a ingerência do Estado na economia.
Pelo atual sistema eleitoral chileno, o governo só tem maioria no Congresso se seus candidatos conseguirem dobrar o número de votos do adversário. Caso contrário, uma bancada vai para o partido mais votado e a segunda, para o segundo colocado. “Como o novo Congresso será eleito por esse sistema continuará sendo igual ao velho, no sentido de que não representa a vontade da maioria”, explicou Iriarte. “Nossa campanha é uma forma de pressionar o novo governo a ouvir as vozes das ruas”, concluiu.