Jornal Estado de Minas

Forças russas matam 7 rebeldes no Cáucaso um dia depois de duplo ataque

AFP

As forças de segurança russas mataram sete rebeldes, incluindo um suposto terrorista suicida, durante uma operação em uma cidade do Cáucaso russo, atingida na véspera por um duplo atentado, a três semanas do início dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi.

A notícia foi divulgada pelo Comitê Nacional Anti-terrorista (NAK), que indicou que entre os mortos está uma jovem que estaria prestes a cometer um atentado suicida.

Ela indicou que as pessoas mortas são "possíveis responsáveis" pelo ataque a um restaurante na república do Daguestão, que deixou 16 feridos na noite de sexta-feira.

O restaurante, situado em Makhatchkala, capital do Daguestão, foi atingido, em um primeiro momento, por um disparo de lança-granadas. Cerca de vinte minutos depois, um carro-bomba explodiu no local no momento em que as forças de segurança chegavam, ferindo policiais.

O método do duplo ataque é típico dos rebeldes do norte do Cáucaso, que querem instaurar um Estado islâmico e ameaçaram "impedir por todos os meios" a realização dos Jogos de Inverno Sochi, uma cidade russa às margens do Mar Negro, na base das montanhas do Cáucaso.

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu em várias oportunidades garantir a segurança durante o evento.

"Nosso dever, como organizadores, é garantir a segurança dos participantes e dos espectadores desta festa esportiva, e vamos fazer de tudo neste sentido", declarou ele em uma entrevista concedida a vários canais de televisão russos e estrangeiros, que teve um trecho divulgado na sexta-feira, pouco antes do duplo atentado.

O Cáucaso russo é foco de uma rebelião que se islamizou depois de dois conflitos sucessivos na pequena república da Chechênia. O Daguestão, vizinho à Chechênia, é uma região particularmente instável e, com frequência, sacudida por ataques ou confrontos entre grupos rebeldes e forças de segurança especiais fortemente armadas.

Os temores de ataques aumentaram depois de dois atentados suicidas, que deixaram no total 34 mortos nos dias 29 e 30 de dezembro, em Volgogrado, cidade do sul da Rússia. Eles não foram revindicados até o momento.