A coordenadora da ONU para o Desarmamento Químico Sírio, Sigrid Kaag, pediu nesta quinta-feira a Damasco que conclua o desarmamento assim que possível e reconheceu que os últimos contêineres a serem retirados da Síria "estão atualmente inacessíveis por razões de segurança".
Sigrid também confirmou que a missão de investigação da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), por casos de ataque com cloro na Síria, também chegou a Damasco.
A representante da ONU falou com a imprensa depois de informar o Conselho de Segurança do progresso do desarmamento químico na Síria. Ela lembrou que o regime retirou, aproximadamente, 8% de seu arsenal.
Há 16 contêineres em alguma parte, mas "atualmente estão inacessíveis por razões de segurança", declarou.
Logo que o acesso estiver disponíveis, a retirada dos produtos tóxicos "será realizada rapidamente", garantiu, acrescentando que os navios que vão retirar a carga e o navio americano onde o material químico será destruído estão esperando.
Segundo o acordo russo-americano, concluído em setembro de 2013 e ratificado pela ONU, a Síria deve destruir seu arsenal antes de 30 de junho.
Londres, Paris e Washington suspeitam que Damasco não tenha declarado todo seu arsenal.
"O trabalho da missão não vai parar em 30 de junho", declarou o embaixador francês na ONU, Gérard Araud, durante a consulta a portas fechadas com Kaag.
"A missão conjunta continuará de pé até quando for possível" para resolver as questões pendentes, provavelmente com pouco pessoal, completou o embaixador.
Segundo os diplomatas, nas consultas, Rússia e China valorizaram a cooperação do regime sírio no processo de desarmamento, e Moscou fez um apelo à oposição a não obstaculizar a evacuação de armas químicas.
.