O futuro governo palestino de consenso composto por personalidades independentes será dirigido pelo atual primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Rami Hamdalah, indicou uma fonte próxima às negociações.
"O governo está quase pronto e Rami Hamdalah será o primeiro-ministro", afirmou à AFP a fonte ligada às negociações entre o movimento Fatah, do presidente Mahmud Abbas, e o Hamas islamista.
"O presidente Abbas informou ontem (quarta-feira) a Hamdalah que dirigiria o governo de consenso", acrescentou.
Um conselheiro de Ismail Haniyeh, o chefe de Governo do Hamas em Gaza, assinalou que foi proposto durante as discussões que "Abu Mazen" Abbas não dirigiria o próximo governo, cujo cargo seria confiado a outra pessoa.
"O movimento confirmou que não tinha objeções", enfatizou esta fonte, Basen Naim, acrescentando que o dirigente do Fatah encarregado do diálogo como Hamas, Azam al Ahmad, deve ir a Gaza a partir de domingo para fechar a formação do governo.
Em sua visita anterior a Gaza, Azam al Ahmad assegurou, em 13 de maio, que o executivo transitório seria formado no prazo previsto, que vence no próximo dia 28.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) assinou em 23 de abril um acordo de reconciliação nacional com o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
No dia seguinte, o governo israelense suspendeu as negociações de paz e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou a aproximação interpalestina como "um gigantesco salto para trás".
Já houve tentativas anteriores de reconciliação.
Hamas e Fatah (principal integrante da OLP) assinaram um acordo no Cairo, em 2011, e outro em Doha, em 2012, para pôr fim à divisão política entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.
Nenhum desses compromissos saiu do papel.
.