Gaza (Palestina) – Nove palestinos, entre eles várias crianças, morreram e cerca de 40 ficaram feridos ontem em ataques israelenses contra diferentes imóveis em toda a Faixa de Gaza.
Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas ontem em um bombardeio de Israel contra um dos edifícios de apartamentos mais altos e luxuosos de Gaza, informou o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Asraf al Qedra. O imóvel, de 13 andares, desabou e ficou reduzido a escombros depois que aviões de combate israelenses lançaram duas bombas de grande tonelagem. Duas horas antes do ataque, aviões israelenses lançaram panfletos de aviso e membros do Exército ligaram para alguns dos moradores pedindo para que deixassem o local. Minutos depois, a aviação israelense disparou contra outro edifício vizinho, no Bairro Ramal.
O Exército israelense informou que realizou 10 ataques aéreos na Faixa de Gaza na madrugada de ontem e que três foguetes ou obuses atingiram o Sul de Israel, perto da fronteira com o território palestino. Desde terça-feira, quando fracassaram as negociações entre Telavive e os palestinos, no Cairo, para prolongar uma trégua que havia durado nove dias, os ataques israelenses mataram 81 pessoas em Gaza, segundo o serviço de emergência do território palestino. O Egito deseja organizar uma nova rodada de negociações entre as partes sobre uma trégua em Gaza, afirmou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, que se reuniu no Cairo com o presidente egípcio Abdel Fatah al-Sissi.
TROCO Pela primeira vez desde 8 de julho, uma criança israelense morreu em um ataque com morteiro realizado a partir de Gaza. Dos palestinos que morreram desde 8 de julho, 70% são civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Do lado israelense, 68 pessoas morreram, sendo 64 soldados. O Estado de Israel afirma que deseja garantir a segurança dos civis israelenses ante os disparos de foguetes a partir de Gaza, enquanto o Hamas exige o fim do bloqueio do território palestino para concordar com uma trégua.
Ontem, o Hamas teria executado mais quatro “supostos colaboradores” de Israel. Eles foram levados ao pátio de uma mesquita em Jabaliyah, no Norte da Faixa de Gaza, por um grupo de homens armados, os quais abriram fogo. A suposta execução ocorre um dia após o grupo ter fuzilado em praça pública sete pessoas acusadas de ser colaboradores de Israel..