Jornal Estado de Minas

Pai volta atrás e nega que seu filho é um dos jihadistas do vídeo do EI

AFP

O pai que havia sugerido que seu filho britânico de 20 anos poderia figurar entre os jihadistas que aparecem no vídeo da decapitação do americano Peter Kassig voltou atrás e afirmou à BBC que não se trata dele.

Ahmed Muthana, de 57 anos, havia declarado ao jornal The Daily Mail que um dos jihadistas do vídeo da execução de Kassig e de 18 homens parecia ser seu filho, Nasser.

Contatado pela BBC, Muthana indicou, no entanto, que não era seu filho. "Não parece com ele, há muitas diferenças. Este tem um nariz maior, e meu filho tem um nariz chato", afirmou, vendo o vídeo.

Falando anteriormente ao britânico Daily Mail, o pai deu declarações diferentes.

"Não tenho certeza, mas parece ser meu filho", declarou Ahmed Muthana, 57 anos.

O britânico em questão seria Nasser Muthana, um estudante de medicina originário de Cardiff (Grã-Bretanha). O jornal britânico publicou fotos capturadas do vídeo mostrando seu rosto.

"Ele deve agora viver com medo de Deus por ter matado", afirmou o pai ao jornal. Indagado pelo jornal se estaria disposto a perdoar o filho pelo que fez, ele foi taxativo: "Não. Ou ele está louco ou há algo de errado".

O Daily Mail também cita Charlie Winter, um especialista do centro de pesquisas Quilliam, que confirma que o rapaz do vídeo se parece com Nasser Muthana.

Muthana teria ido para a Síria, onde se encontrou com seu irmão mais novo, Aseel, de 17 anos, segundo a BBC.

"Estou pronto para morrer", teria dito Aseel em uma entrevista oline com a rádio inglesa.

Ele acrescentou que não se importava com o que a família e os amigos pensavam dele.

Também nesta segunda-feira, o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, declarou que há uma forte probabilidade de que um cidadão francês tenha participado diretamente na decapitação dos prisioneiros sírios.

"Pode tratar-se de Maxime Hauchard, nascido em 1992, no noroeste da França, e que partiu para a Síria em agosto de 2013, depois de uma estada na Mauritânia, em 2012", indicou o ministro, baseando-se numa análise do vídeo.

A gravação foi divulgada no domingo. O EI reivindica a execução de Peter Kassig, sequestrado em 2013 na Síria, e de 18 soldados do exército nacional sírio.

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