Promotores do estado de Oklahoma, centro-sul dos Estados Unidos, acusaram o assistente de xerife Robert Bates pela morte a tiros de um homem negro desarmado, que foi registrada em um vídeo, informou nesta segunda-feira uma porta-voz judiciária.
Eric Harris, de 44 anos, suspeito em uma operação encoberta de venda de armas, foi executado em 2 de abril pelo assistente de xerife voluntário da delegacia do condado de Tulsa, que achou que tinha sacado sua arma não letal Taser ao invés da pistola.
Segundo a promotoria de Tulsa, Bates foi acusado de homicídio em segundo grau por "negligência".
"Atirou em mim! Oh, Deus!", ouve-se Harris gritar no vídeo, divulgado no fim de semana, enquanto policiais o jogam na calçada e gritam contra ele.
Na semana passada, um policial foi acusado de assassinato após a divulgação de um vídeo que o mostra atirando várias vezes contra um homem negro em North Charleston, Carolina do Sul, após detê-lo em um controle rodoviário rotineiro.
Bates, contatado pelo jornal Tulsa World, admitiu ter disparado contra Harris, que tinha antecedentes criminais.
"Fui eu", disse Bates, um bem sucedido corretor de seguros local, durante o dia, negando-se a dar maiores declarações sem a presença de seu advogado.
Um policial de Tusla, chamado para investigar o caso, gravado pelos óculos do agente, equipados com uma pequena câmera de vídeo, defendeu Bates, argumentando que ele sacou a arma errada no calor de uma perseguição.
Na Califórnia, dez agentes foram suspensos após terem sido gravados na quinta-feira por um canal de notícias chutando e batendo em um suspeito que fugia a cavalo no condado de San Bernardino.
Nos últimos meses, foram registrados vários casos de cidadãos da comunidade negra, mortos por policiais brancos, reavivando o debate sobre o racismo nos Estados Unidos, que geraram vários protestos, alguns dos quais acabaram em distúrbios.
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