As grandes multinacionais que patrocinam a Fifa pediram nesta terça-feira com urgência para que a entidade reconquiste a confiança do público, após a série de escândalos que acarretaram na renuncia de Joseph Blatter.
A Coca-Cola considerou a renúncia do presidente da Fifa "algo positivo para o bem do esporte, do futebol e dos fãs".
"Nossa expectativa é que a Fifa continue atuando com urgência para tomar ações concretas em relação a todos os problemas que foram levantados e que reconquiste a confiança de todos os amantes do futebol".
A Coca-Cola afirmou que a decisão de Blatter de renunciar quatro dias depois de ser reeleito para um quinto mandato "vai ajudar a Fifa a se transformar rapidamente numa estrutura e instituição do século XXI".
A Visa, gigante do setor de cartões de crédito, que na semana passada alertou que poderia retirar o patrocínio se os escândalos na Fifa continuassem, afirmou que a renúncia de Blatter, dias de pois de ser reeleito presidente, "é um passo significativo em direção à reconstrução da confiança pública".
"Mas há mais trabalho pela frente", continuou a empresa. "Repetimos que nossa expectativa é que a Fifa tome médidas fortes e imediatas para lidar com esses problemas dentro da entidade para que possa reconstruir rapidamente uma cultura com forte traços éticos, que vão restaurar a reputação das partidas para fãs no mundo todo".
A Coca-Cola e a Visa são duas das muitas companhias que pagam estimados 30 milhões de dólares anuais à Fifa para serem parceiros oficiais da entidade, o que dá direito a anunciar os produtos da empresa em jogos de futebol e outros eventos.
- 'Comprometimento com mudança' -
Outros patrocinadores, como Adidas e McDonald's, criticaram a Fifa nos últimos dois anos em relação à falta de transparência e às denúncias de suborno que envolvem à entidade que rege o futebol no mundo.
A Adidas, fabricante de material esportivo, afirmou nesta terça-feira que vê com bons olhos "o comprometimento com a mudança" na entidade com a saída de Blatter.
"O grupo Adidas está comprometido em criar uma cultura que promove os mais altos padrões de ética e complacência", declarou em nota a empresa.
"As notícias de hoje marcam um passo certo no caminho da Fifa rumo a estabelecer e seguir uma política de transparência em tudo que faz".
Em nota, o McDonald's lamentou que as suspeitas de corrupção dentro da Fifa "deixaram o futebol em segundo plano e prejudicaram o esporte, os jogadores e os fãs".
"O futebol tem a habilidade única de unir o mundo e, ao mesmo tempo, impactar positivamente comunidades e economias", lembrou.
"Esperamos que as mudanças implementadas na Fifa sejam um grande primeiro passo na reforma da entidade para reconquistar a confiança dos torcedores no mundo todo".