Assunção - O presidente do Banco Central argentino, Federico Sturzenegger, disse na manhã deste domingo, em Assunção, que empresas brasileiras devem receber até julho o valor referente a importações que companhias argentinas não pagavam por falta de acesso ao dólar.
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Protesto contra Macri reúne milhares de pessoas na ArgentinaApós uma semana no poder, Macri aposta na abertura econômicaMacri recua em designação de juízes após ampla rejeição na ArgentinaConservadores lideram eleições na EspanhaO crédito dos brasileiros foi acumulado no período em que o kirchnerismo controlou o acesso à divisa americana, processo iniciado em 2011 e encerrado na quinta-feira pelo governo de Mauricio Macri. A unificação brusca do câmbio levou a uma valorização do dólar de 41% e uma queda de 30% no poder de compra do peso.
A nova administração espera elevar no próximo mês em US$ 25 bilhões as reservas do BC, hoje em US$ 24,3 bilhões. Antes de desvalorizar sua moeda, o governo de Macri havia anunciado duas medidas de abertura. A primeira foi o fim de impostos sobre todas exportações agropecuárias, com exceção da soja, que teve sua taxa reduzida de 35% para 30%. A outra foi o fim da exigência de uma autorização para importações, alvo de reclamação constante de empresas brasileiras e argentinas. O chefe do BC previu que as três ações darão à Argentina um crescimento mais acelerado das suas exportações e o país normalizará o fluxo de capitais.
Sturzenegger criticou indiretamente o governo kirchnerista ao mencionar Bolívia e Paraguai como referências em política macroeconômica na América Latina.