Segundo Juan Martín Ramos Padilla, colaborador de Mariani, um cruzamento do DNA da mulher com o Banco Nacional de Dados Genéticos da Argentina “descartou” que ela fosse Clara Anahí. De acordo com ele, a confusão aconteceu porque a moça que se apresentou como neta de Mariani levou um estudo de um laboratório particular de Córdoba, que provaria o vínculo.
Clara Anahí foi detida pela ditadura em 24 de novembro de 1976, quando integrantes das Forças de Segurança atacaram a casa de Daniel Mariani – filho de Chicha – e Diana Teruggi – sua nora -, ambos militantes dos montoneros. No ataque, Diana morreu, junto com outros quatro militantes.
O caso do sumiço ficou conhecido em todo o mundo com a difusão de cartas abertas escritas por Chicha Mariani, hoje com 91 anos, a sua neta. Quase cega, ela ainda escreve as correspondências. Chicha comandou as Avós durante 12 anos, de 1977 a 1989. Clara seria a 120ª dos netos encontrados até o momento.