O chefe de gabinete responsável pela fiscalização e cumprimento da lei no distrito chinês onde um deslizamento de terras soterrou 33 edifícios, na semana passada, suicidou-se.
De acordo com um comunicado emitido pela polícia local, Xu Yuan'an, chefe do Gabinete para o Reforço da Lei e Administração Urbana do distrito de Guangming, na cidade de Shenzhen, no sul do país, saltou de um edifício.
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Ao menos 85 desaparecidos em deslizamento de terra na ChinaDeslizamento de terra na China tem ao menos 91 desaparecidosTrata-se do segundo grande acidente industrial na China em quatro meses e, entre as possíveis causas, está o acúmulo ilegal e excessivo de resíduos de construção e terra. Com a chuva intensa que caiu sobre a região os resíduos se transformaram em lama.
Xu foi um dos funcionários que aprovaram o projeto de aterro sanitário, de acordo com uma reportagem publicada em um jornal local.
Em agosto, duas explosões, em um terminal de contentores que armazenava ilegalmente 3 mil toneladas de produtos químicos, na cidade portuária de Tianjin, causaram 173 mortos e 700 feridos.
Os funcionários responsáveis pela gestão urbana, uma espécie de polícia municipal, conhecidos como Chengguan, em chinês, são encarregados pela fiscalização do cumprimento de regulamentos, como a proibição de vendedores ambulantes ou a criação de certas espécies de animais de estimação.
Nos últimos anos, vários casos de abuso do poder envolvendo estas autoridades ganharam notoriedade na China, incluindo um espancamento até a morte de um vendedor ambulante de melancias, em 2013.
No mesmo dia, a imprensa estatal chinesa informou que o dono de uma mina de calcário no leste da China também se suicidou, depois de uma erosão, causada por condições de segurança precárias, ter deixado um morto e 17 pessoas presas..