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Escritora australiana vai a festival do sexo e descreve sua grande aventura

Após um fim de semana vendo situações fora do comum, Ally Garrett sai do festival desejando até um detox digital

Estado de Minas

Você já foi em algum festival na vida? Existem os festivais de música, gastronomia, cinema e outros tantos.

Alguns, no entanto, não muito comuns, como os de sexo. Bom, Ally Garrett (foto), uma escritora de Sidney (Austrália), foi ao Festival do Sexo Incrivelmente Bom (ou, originalmente, Festival of Really Good Sex) e descreveu sua aventura no jornal britânico The Guardian. De acordo com Ally, "o primeiro dia no local se parece, na verdade, com o primeiro dia em uma nova escola, só que, em vez de ter que descobrir que é seu professor, você vai vai assistir a várias pessoas se masturbando".
O festival, anual desde 2011, aconteceria durante um fim de semana e teria o propósito de encorajar participantes a entender e considerar o que um bom sexo significaria para eles e qual seria a relação entre o próprio sexo e a identidade dessas pessoas. Eram variados os workshops, que iam desde "Fazendo bebês" até "Yoga pornô para amantes de pornô", numa agenda apertada, cheia de performances e festas. Ally conta que "eram muitos os sintomas de ansiedade e os calafrios para encarar a primeira manhã do festival". "No fim do dia, eu me senti esclarecida, mas não da forma que esperava.
Experiência deixou a escritora com náuseas depois de workshop de submissão feminina - Foto: Reprodução/Facebook
É aí que a escritora enumera suas descobertas.
No workshop ''Respirando e gemendo no orgasmo'', com um professor de massagem erótica chamado Joseph Krame,  "a sala estava preenchida pelos sons das pessoas sendo levadas pelas próprias respirações – um homem estava latindo como um animal e, do meu lado, uma mulher soava como um episódio de ''Um bebê a cada minuto''. Enquanto isso, tudo o que eu conseguia pensar era no meu iPhone, gentilmente aconchegado no fundo da minha bolsa. Não podia esperar para escrever um tweet perfeito sobre isso tudo. Nenhuma promessa de orgasmo poderia me separar do meu celular". "Talvez eu precise fazer um detox digital", concluiu.
"Existem coisas que não devem ser ensinadas em escolas", diz Ally sobre outro workshop, chamado ''Por favor, papai'', de Lukas Zpira. Nesse, Ally conta que o professor ensina a dinâmica entre o pai e sua ''menininha'', numa relação de submissão, punição e ensinamentos. ''Bizarra'' é a palavra utilizada por ela para começar a descrever a aula. Palmadas, ameaças de limitação de cartões de crédito e dinheiro, enforcamento, 24 horas por dia e durante os sete dias da semana, são os comportamentos acertados entre o ''papai'' e sua ''filhinha'', que não tem direito de sair da brincadeira.
Para Ally, esse foi o fim de sua aventura: "depois desse workshop, eu peguei um táxi para casa. Não sabia se esse sentimento estranho no estômago era uma reação alérgica à salada de quinoa que comi no almoço ou se tinha a ver com o workshop.
De qualquer forma, festivais te dão várias opções e você pode provar o que quiser. "No fim do dia, você pode ter uma melhor ideia do que acha delicioso ou do que acha completamente desagradável", afirma Ally.

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