A China devolveu uma sonda submarina que capturou no Mar da China Meridional, confirmou o Pent�gono depois que a a��o de Pequim provocou uma disputa entre as duas pot�ncias.
"Este incidente contradiz tanto a legisla��o internacional como os padr�es internacionais de conduta entre navios no mar", afirmou o secret�rio de imprensa do departamento de Defesa americano Peter Cook.
"Os Estados Unidos trataram desses fatos com os chineses atrav�s dos canais diplom�ticos e militares apropriados e pedimos �s autoridades chinesas que cumpram com suas obriga��es sob a legisla��o internacional, assim como evite futuras tentativas de impedir as atividades legais dos americanos", acrescentou.
Segundo Washington, o drone servia para medir a salinidade e a temperatura da �gua e foi capturado na quinta-feira pela China a 50 milhas mar�timas das costas filipinas.
O Pent�gono destacou que o aparelho registrava dados para sonares e submarinos em opera��es de rotina em �guas internacionais do Mar da China Meridional em total cumprimento da legisla��o internacional".
Horas antes, o minist�rio chin�s da Defesa anunciou que Pequim devolveu o artefato na ter�a-feira aos Estados Unidos.
"Ap�s consultas amistosas, China e Estados Unidos completaram em 20 de dezembro no Mar da China meridional a restitui��o do drone submarino americano", indicou o minist�rio em seu site.
A porta-voz do minist�rio das Rela��es Exteriores chin�s, por sua vez, Hua Chunying assinalou que a condu��o do incidente demonstra que os dois pa�ses t�m um canal de comunica��o adequado, mas alertou a Washington contra a "realiza��o de opera��es de reconhecimento em �guas costeiras da China".
"A China se op�e energicamente a isso e pediu aos Estados Unidos que ponha fim a esse tipo de atividade, que foi a causa origin�ria para este incidente acontecer", acrescentou.
Na v�spera, o governo chin�s chegou a desmentir ter capturado o drone americano, contrariando as acusa��es lan�adas pelo presidente eleito americano, Donald Trump.
Chunying ressaltou que a marinha chinesa havia encontrado a sonda americana na quinta-feira nesta zona reivindicada por v�rios pa�ses e que a recolheu para examin�-la.
"� como quando achamos uma coisa na rua. � preciso verific�-la primeiro antes de devolv�-la", explicou.
Pequim anunciou no s�bado sua inten��o de devolver a sonda "de forma adequada", sem informar a data.
Segundo o Pent�gono, o incidente foi registrado quando a tripula��o civil de um navio oceanogr�fico retirava da �gua duas sondas, a 50 milhas da costa filipina.
Um barco chin�s de ajuda e resgate a submarinos interceptou um dos dois aparelhos, segundo o departamento de Defesa.
Trump reagiu ao assunto em um tu�te, no qual acusou a China de ter roubado a sonda. A mensagem teve uma grande repercuss�o porque, al�m disso, o presidente eleito cometeu um erro ao escrever "unpresidented" ("sem presidente") em vez de "unprecedentet" ("sem precedentes"), um erro que retificou apagando o tu�te e publicando um novo.
"A China roubou um drone de pesquisas da Marinha dos Estados Unidos em �guas internacionais, retirou-o da �gua e levou para a China em um ato 'unpresidented'", afirmou em sua mensagem.
Para os meios de comunica��o chineses, o erro foi encarado como o menor dos males. "O que � verdadeiramente surpreendente neste tu�te � que o pr�ximo presidente dos Estados Unidos deformou os fatos completamente: isso � mais perigoso que divertido", escreveu o jornal em l�ngua inglesa China Daily.
O jornal se mostrou preocupado pelas rea��es revoltadas do futuro presidente, que desde sua elei��o j� provocou v�rios conflitos com Pequim, sobretudo sugerindo que os Estados Unidos poderiam reconhecer Taiwan.
Al�m deste assunto delicado, nas �ltimas semanas Trump acusou Pequim de manipular sua moeda e amea�ou impor taxas elevadas �s importa��es chinesas.
"Trump pode fazer as rela��es entre China e Estados Unidos afundarem no que Obama chama de 'um modo de conflito total' no qual 'ningu�m tem nada a ganhar'", adverte o China Daily.
Trump "n�o tem nem ideia de como dirigir uma superpot�ncia", afirma outro jornal chin�s em ingl�s, o Global times.
"Quando ocupar suas fun��es, se tratar a China da mesma forma que em seus tu�tes, a China n�o se deter�", acrescenta.