A justiça alemã anunciou nesta terça-feira a prisão de um conselheiro das Forças Armadas com dupla nacionalidade, alemã e afegã, suspeito de espionar para o Irã.
O homem de 50 anos, Abdul Hamid S., conselheiro cultural e linguístico das Forças Armadas alemãs, teria "transmitido informações a um serviço de inteligência iraniano", informou a promotoria de Karlsruhe em um breve comunicado.
O suspeito, preso em Reno (oeste), comparecerá nesta terça-feira ante um juiz que vai definir sua prisão, informou a acusação.
Em 6 de dezembro, o tribunal emitiu um mandado de prisão contra ele.
O suspeito teria passado "informação altamente sensível" para os iranianos para quem trabalhou durante vários anos, informou Der Spiegel, sem citar fontes.
Como conselheiro, ele teve acesso a informações sobre as atividades das tropas no Afeganistão, de acordo com a edição online da revista.
Nos últimos anos, a Alemanha teve diferentes casos de espionagem.
Em 2016, Markus Reichel, um ex-agente dos serviços secretos alemães (BND), foi condenado a oito anos de prisão por "alta traição" após ser condenado por colaborar com a Agência Central de Inteligência (CIA) e a Rússia.
Alguns anos antes, em 2011, os tribunais o condenaram à prisão por espionagem um casal suspeito de espionar em nome dos serviços secretos russos por mais de 20 anos.
O homem e a mulher, de nacionalidade russa, foram implantados na Alemanha, com documentos falsos, e tinham uma vida normal para encobrir as suas atividades como agentes secretos.
A Justiça os condenou por espionar para a KGB, os serviços secretos da União Soviética e para a sucessora da agência russa, a SVR.
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