Por despacho de 12 de maio, a que a AFP teve acesso, os juízes de investigação antiterrorista decidiram que esses nove homens deveriam ser julgados criminalmente por "associação terrorista criminosa". Três deles, que eram menores na época dos fatos, devem comparecer a um tribunal específico para menores.
Além disso, outros três deles - incluindo o auto-proclamado chefe do grupo Logan Nisin - também são suspeitos de "roubo em complicidade com uma empresa terrorista" de um veículo.
Nisin, o único dos réus ainda preso, também comparecerá por "apologia ao terrorismo".
Em 28 de junho de 2017, o jovem, na época com 21 anos, foi preso em Vitrolles, no sul da França.
Fichado desde 2014 por sua adesão a diversos movimentos de extrema-direita, ele administrava o grupo no Facebook denominado "Amigos e Simpatizantes de Anders Behring Breivik", o autor do massacre que causou 77 mortes na Noruega em 2011, de acordo com a ordem dos juízes.
Durante uma operação, os investigadores apreenderam armas e munições e documentos que revelavam que ele comandava "uma estrutura chamada Organização dos Exércitos Sociais, cuja sigla OAS era igual à da Organização Armada Secreta", responsável pela sangrenta campanha contra a independência da Argélia na década de 1960.
Em outubro de 2017, oito membros do grupo foram presos e investigados por "associação terrorista criminosa".
As autoridades estão cada vez mais preocupadas com os movimentos de extrema-direita, que ganharam força após os ataques jihadistas em solo francês. Além disso, há outros cinco processos abertos desde 2017 com relação a esse movimento.