Jornal Estado de Minas

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Sudão do Sul tem violentos conflitos entre facções do partido do vice-presidente

Confrontos mortais estouraram no Sudão do Sul neste sábado (7) entre facções rivais do partido do vice-presidente Riek Machar, dias após o anúncio de sua expulsão como líder da formação.



Os chefes do braço armado do partido de Machar informaram na quarta-feira que ele havia sido destituído da chefia do partido e de seu aparato militar. Apoiadores de Machar, um antigo rebelde que se tornou vice-presidente, denunciaram na sexta-feira um "golpe fracassado".

Estas rivalidades internas podem minar o frágil processo de paz assinado em 2018, destinado a dar fim a uma longa guerra civil que causou 400 mil mortes, provocada pelo conflito entre Machar e o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir.

Os dois lados culpam um ao outro pela violência deste sábado, que deixou pelo menos 32 mortos. No momento, não foi possível obter informações independentes sobre esses combates, que ocorreram no estado do Nilo Branco.

De acordo com um porta-voz de Machar, o coronel Lam Paul Gabriel, foram evacuados para o outro lado da fronteira, no Sudão, o general Simon Gatwech Dual, rival do vice-presidente, e outro tenente-general.

Gatwech Dual, um dos chefes do ramo militar do foi um dos signatários do comunicado de quarta-feira anunciando a destituição de Machar. O texto proclamou Gatwech Dual o dirigente interino do movimento.

As tensões entre facções marcam a violenta história do país, que em julho completou 10 anos de independência do Sudão.

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