"As duas primeiras extradições para os Estados Unidos da América de membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) estão sendo realizadas neste momento", disse o Ministério da Justiça em um comunicado.
Os supostos guerrilheiros detidos e entregues às autoridades americanas são Yamit Rodríguez (codinome "Choncha") e Henry Trigos ("Henry"), procurados pelo Tribunal do Distrito Sul do Texas por tráfico de drogas.
José Gabriel Álvarez, conhecido como "Gabriel" e integrante do ELN, "também será extraditado para os Estados Unidos nos próximos dias" pelo mesmo crime, assim que se recuperar da covid-19, acrescentou o Ministério.
A última guerrilha reconhecida no país após a assinatura da paz em 2016 com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nega que essas pessoas pertençam a suas fileiras.
As autoridades também extraditaram Alexánder Montoya Úsuga ("El Flaco"), integrante do Clã do Golfo, principal organização de traficantes de drogas do país e de origem paramilitar.
Capturado em Honduras em 2012 e primo do líder máximo da organização, Montoya é processado pelo Tribunal do Distrito Sul da Flórida por tráfico de drogas, segundo o Ministério da Defesa.
O governo anunciou em março a extradição de onze integrantes da guerrilha ELN, ativa desde 1964 e composta por cerca de 2.300 combatentes.
O presidente Iván Duque encerrou as conversações de paz de seu antecessor, o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Juan Manuel Santos, com a organização, após um atentado com carro-bomba contra uma academia de polícia que deixou 22 cadetes mortos, além do agressor.
O presidente exige de Cuba a extradição dos rebeldes que permaneceram em seu território após o fracasso da negociação, mas a ilha rejeita o pedido, alegando respeito aos protocolos que assinou com a Colômbia e os países patrocinadores, que preveem o retorno da delegação ao seu país de forma segura.
A Colômbia é o maior produtor de cocaína do mundo e os Estados Unidos são o principal consumidor dessa droga.
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