"Nós, partidários do 'Sim', desejamos que esta última consulta do acordo de Noumea aconteça em um clima tranquilo (...) Não será assim", afirmaram fontes da FLNKS (Frente de Libertação Nacional Socialista Kanak), que integra um Comitê Estratégico de Não Participação.
Os independentistas consideram "irrevogável" a decisão de não participar na terceira consulta e afirmaram que em tais condições não respeitarão o resultado e, se necessário, denunciarão a França à comunidade internacional.
Os habitantes deste território francês no Pacífico Sul devem participar no terceiro e último referendo previsto pelos acordos alcançados com o governo francês em 1998, após a vitória do 'Não' nos dois anteriores, em 2018 (56,7%) e em 2020 (53,3%).
Com a pandemia de covid-19, que perde força depois de provocar 271 mortes no território de quase 280.000 habitantes, o governo francês anunciou na semana passada que tomaria uma decisão em 10 dias sobre a manutenção ou não da data prevista para a consulta.
Os partidários da permanência na França consideram que o referendo pode acontecer em 12 de dezembro. "A crise ficou para trás", declarou Sonia Backès, líder dos Republicanos Caledônios, ao destacar que 70% dos adultos do território estão vacinados.
audima