"Em breve será firmado um decreto com tal efeito", informou a Presidência da Rússia.
Segundo essa mesma fonte, Putin comunicou a decisão a seu colega francês, Emmanuel Macron, e ao chefe de governo alemão, Olaf Scholz, mediadores no conflito do leste da Ucrânia, que, segundo o Kremlin, "expressaram decepção" com o anúncio.
O presidente russo também fará em breve uma declaração na televisão russa, informou a mídia estatal do país nesta segunda-feira.
O reconhecimento se refere à independência das autoproclamadas "repúblicas" de Donetsk e Lugansk, dois territórios pró-Rússia do Donbass ucraniano, uma bacia mineral e industrial fronteiriça com a Rússia.
Em oito anos, a guerra entre Kiev e os separatistas, apoiados por Moscou, já deixou mais de 14.000 mortos.
O reconhecimento russo dos separatistas significaria o fim do processo de paz resultante dos acordos de Minsk de 2015, firmados por Rússia e Ucrânia sob mediação franco-alemã, que pretendia precisamente a devolução dessas regiões à soberania ucraniana.