Essas últimas execuções, relatadas pela agência oficial SPA, ocorrem depois que ONGs e organizações internacionais condenaram a execução de 81 pessoas em um único dia, na semana passada, na Arábia Saudita.
Das 100 execuções, três coincidiram com a visita do primeiro-ministro britânico Boris Johnson à Arábia Saudita na quarta-feira. O político viajou para Riade na esperança de aumentar a produção de petróleo bruto e, assim, conter o aumento dos preços causado pela invasão russa da Ucrânia.
No sábado, a execução de 81 pessoas - acusadas de diferentes crimes, incluindo relacionados ao terrorismo - superou o total de 69 execuções em todo o ano de 2021.
A ONG Human Rights Watch considerou que "é muito provável que nenhum destes homens tenha tido um julgamento justo" e descreveu a execução como uma "demonstração brutal do regime autocrático" da Arábia Saudita.
Mais da metade dos homens executados pertencia à minoria xiita, "que há muito tempo sofre discriminação sistêmica e violência do governo", disse a HRW em comunicado.
Segundo Riade, os homens executados, incluindo sete iemenitas e um sírio, foram condenados por crimes relacionados ao "terrorismo" e seus julgamentos foram "supervisionados por um total de 13 juízes".