O índice PMI, da consultoria IHS Markit e estimado a partir de consultas com empresas, caiu para 54,4 pontos, após ter atingido 55,5 em fevereiro.
Nesse indicador, um número maior que 50 indica crescimento, se ficar abaixo desse limite indica contração da atividade.
Este resultado destaca "as consequências concretas e imediatas da guerra na Ucrânia sobre a situação econômica da zona do euro e destaca os riscos de contração", disse o economista-chefe da S&P Global, Chris Williamson.
A economia da zona da moeda comum se beneficia da eliminação gradual das restrições sanitárias ligadas à pandemia de coronavírus, medidas que tiveram um grande impacto na atividade econômica.
Sem essa flexibilização gradual das restrições, a desaceleração do crescimento em março "teria sido significativamente mais pronunciada", apontou Williamson.
A consequência mais óbvia da guerra na Ucrânia é a disparada dos preços, especialmente os preços da energia.
Em seu último relatório com previsões de crescimento econômico na zona do euro este ano, a Comissão Europeia havia reduzido ligeiramente suas expectativas para 2022, para 4%.
No entanto, o comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, já anunciou que essa expectativa seria novamente modificada para baixo em seu relatório programado para a primavera boreal.
Segundo Gentiloni, a invasão russa da Ucrânia não causará um "descarrilamento" da expansão comercial europeia pós-pandemia, mas a "enfraquecerá".
Além disso, a zona do euro vive um aumento gradual, mas constante, da inflação, que encerrou fevereiro com uma taxa anual de 5,8%, a mais elevada de toda a série histórica, iniciada em 1997.
Jack Allen-Reynolds, economista da consultoria Capital Economics, disse nesta quinta-feira que o resultado do índice PMI "confirma nossa opinião de crescimento mais lento do que o esperado este ano", que ele estima ser de 2,8%.
Em relação à inflação em 2022, Allen-Reynolds prevê que feche em 6%.