Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Organizações internacionais pedem ajuda urgente contra a insegurança alimentar

Os responsáveis do FMI, da OMC, do Banco Mundial e do Programa Mundial de Alimentos da ONU fizeram um apelo nesta quarta-feira (13) para que medidas urgentes sejam tomadas contra a crescente insegurança alimentar nos países não desenvolvidos.



"É fundamental fornecer rapidamente apoio aos países em insegurança alimentar de forma coordenada", afirmaram em um comunicado conjunto o presidente do Banco Mundial (BM), David Malpass, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, o diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA), David Beasley, e a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala.

Entre as medidas propostas por essas organizações, estão o financiamento para apoiar os agricultores e aumentar o fornecimento de alimentos nessas nações.

A invasão russa da Ucrânia e as sanções ocidentais a Moscou dispararam os preços da energia e dos alimentos nas últimas semanas, enquanto o aumento dos preços do gás natural também afetou a produção de fertilizantes, o que, por sua vez, prejudica os agricultores.

Os protestos eclodiram em alguns países por causa dos preços altos e, nesse sentido, a declaração aponta que "o aumento dos preços dos alimentos e as crises de abastecimento podem impulsionar as tensões sociais em muitos dos países afetados, especialmente aqueles que já são frágeis ou afetados por conflitos".



As organizações pediram à comunidade internacional que forneça financiamento para a oferta de alimentos de emergência, uma rede de segurança para as famílias de baixa renda e para os agricultores e que aumente a produção agrícola.

Também fizeram um apelo para desenvolver um "comércio aberto" que evite as restrições às exportações ou para as "compras humanitárias de alimentos".

Embora as nações pobres sejam as mais vulneráveis à crise, os países de renda média estão cada vez mais em risco, segundo a declaração.

"O aumento dos preços dos fertilizantes, aliado a cortes significativos na oferta global, têm grandes implicações na produção alimentar na maioria dos países, incluindo grandes produtores e exportadores, que dependem fortemente da importação de fertilizantes", destacou a nota.