Na decisão, os cinco juízes de um tribunal de apelações de Nova York confirmaram por unanimidade os veredictos de culpabilidade e a sentença de 23 anos de prisão.
Os magistrados rejeitaram o argumento da defesa de Weinstein, que alegou que a decisão do júri foi prejudicada depois que o mesmo ouviu queixas de mulheres que não faziam parte das acusações.
Ao redigir a decisão, a juíza Angela Mazzarelli disse que as testemunhas proporcionaram "informação útil" que ajudou o júri a "compreender completamente a dinâmica" entre Weinstein e suas vítimas.
"Não percebemos nenhuma base para reduzir a sentença e analisamos os argumentos de apelação do acusado, que consideramos inúteis", escreveu.
Weinstein, produtor, entre outros, do famoso filme "Pulp Fiction", de Quentin Tarantino, foi declarado culpado de estupro e agressão sexual em fevereiro de 2020, um veredicto histórico para o movimento feminista #MeToo.
Atualmente, Weinstein está à espera de julgamentos por outras denúncias separadas de agressão sexual no estado de Califórnia.
Aos 70 anos, o agora ex-produtor de Hollywood se declarou inocente em um tribunal de Los Angeles em setembro, por acusações relacionadas com supostos abusos a cinco mulheres.
As acusações generalizadas de assédio e abuso sexual contra Weinstein vieram à tona em 2017 e chegaram à casa das dezenas. Por sua vez, o ex-produtor alega que todas as relações sexuais foram consensuais.