. Fevereiro de 2022: final da Champions é transferida para Paris
Inicialmente prevista para São Petersburgo, a final da Liga dos Campeões da Europa de 2022 foi transferida para Paris pela Uefa, apenas dois dias depois do início da invasão do exército russo à Ucrânia. A federação europeia decidiu também romper seu contrato com a gigante petrolífera Gazprom, uma de suas principais patrocinadoras desde 2012.
. Russos são excluídos das competições
Após a mudança na final da Champions, a Fifa e a Uefa anunciaram no dia 28 de fevereiro a exclusão da Rússia das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, assim como de todas as competições de seleções e clubes até novo aviso.
A Rússia, que quatro anos antes tinha sediado o Mundial, denunciou uma medida "discriminatória", mas também ficou fora das eliminatórias para a Eurocopa de 2024, que começaram nesta semana. Belarus, por sua vez, manda seus jogos em território neutro.
. Wimbledon diz não
Já excluídos da Copa Davis e da Billie Jean King Cup, duas competições por equipes, os tenistas russos e bielorrussos foram vetados também de Wimbledon. O tradicional torneio londrino foi o primeiro a deixar de fora grandes figuras do circuito como Daniil Medvedev e Aryna Sabalenka.
No entanto, os jogadores desses dois países podem continuar participando de competições da ATP e da WTA sob bandeira neutra e vários deles expressam mensagens de paz. Por outro lado, nas últimas semanas a tensão nos vestiários aumentou entre ucranianas e russas e bielorrussas, principalmente depois que a russa Anastasia Potapova entrou em quadra em Indian Wells vestida com uma camisa do clube de futebol Spartak Moscou.
. COI abre portas para retorno em 2023
No final de fevereiro, o COI elabora um roteiro para as federações internacionais para reintegrar Rússia e Belarus ao movimento olímpico. Segundo o COI, baseando-se na opiniões dos especialistas da ONU, "nenhum atleta deveria ser proibido de competir somente com base no seu passaporte".
As condições a cumprir seriam as de fazer isso sob bandeira neutra, não ter apoiado de maneira ativa a guerra na Ucrânia e cumprir com o código mundial antidoping. Uma abertura denunciada principalmente por Kiev, que ameaça boicotar os Jogos de Paris 2024.
Vários países, entre eles a Polônia, apoiam a Ucrânia e outros 30, entre eles Grã-Bretanha, Estados Unidos de Canadá, pedem esclarecimentos ao COI. Os comitês olímpicos asiático e africano, por sua vez, apoiam o movimento do COI em direção à reintegração.
. Esgrima é o primeiro esporte olímpico a reintegrar atletas
Em 10 de março, a Federação Internacional de Esgrima (FIE) se pronuncia a favor do retorno dos russos e bielorrussos em suas competições, uma decisão tomada a pouco mais de um ano para os Jogos Olímpicos e que entrará em prática a partir de abril, "sob ressalva de eventuais futuras do COI".
A federação ucraniana se mostrou "profundamente consternada" com esta medida e a alemã desistiu de organizar uma das provas da Copa do Mundo de florete feminino programada para o início de maio na cidade de Tauberbischofsheim.
. Atletismo mantém veto
Principal esporte olímpico, o atletismo decidiu no dia 23 de março manter a exclusão dos atletas russos e bielorrussos "em um futuro próximo, como consequência da invasão à Ucrânia", explicou o presidente da World Athletics, Sebastian Coe. Os atletas dessas nacionalidades não participam de competições internacionais há um ano.
. Boicote no Mundial de boxe
Enquanto algumas federações internacionais, como as de ginástica e patinação, nas quais os russos estão entre os melhores, decidiram pela sua exclusão desde o início do conflito, a de boxe (IBA), presidida pelo russo Umar Kremlev, deu sinal verde para atletas de Rússia e Belarus participarem do Mundial feminino em Nova Délhi (Índia).
Vários países, como Ucrânia, Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha boicotaram o evento como protesto. Russos e bielorrussos também vão participar do Mundial masculino, em Tashkent (Uzbequistão), de 1º a 14 de maio.
. COI recomenda reintegração
O COI esclareceu sua posição nesta terça-feira, 28 de março de 2023, através de seu presidente, Thomas Bach, recomendando a reintegração dos atletas russos e bielorrussos às competições internacionais, sob bandeira neutra e "a caráter individual", desde que não tenham apoiado ativamente a guerra na Ucrânia.
Por outro lado, o Comitê não se pronunciou sobre participação de representantes desses países nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, deixando esta decisão "para o momento apropriado".
GAZPROM
IBA - ION BEAM APPLICATIONS