As mulheres teriam "sofrido gestos ou comentários sexuais impróprios do ator famoso em níveis variados, no set de onze filmes ou séries lançadas entre 2004 e 2022, ou em outros locais", segundo o artigo publicado na terça-feira (11).
Conhecido por interpretar Obélix e Cyrano de Bergerac, o ator de 74 anos "nega formalmente todas as acusações", segundo declarações do escritório de advocacia Temime ao Mediapart, recusando-se a responder às perguntas da AFP.
As 13 mulheres "afirmam ter sido submetidas a uma mão na calcinha, na virilha, nas nádegas, ou nos seios; comentários sexuais obscenos; até rosnados insistentes".
Quando alguma delas reclamava, recebiam a resposta: "Ah, tudo bem, é o Gérard!", acrescenta o jornal investigativo.
"Sem avisar, Gérard Depardieu colocou a mão sob meu vestido, senti seus dedos tentando deslizar para alcançar minha calcinha", uma das figurantes do filme "Big House" (2015) relatou ao Mediapart.
Apesar de afastar a mão, "ele continuou, ficou agressivo, tentou afastar minha calcinha e enfiar os dedos em mim: entendi que ele não estava atuando. Se eu não tivesse impedido, ele teria conseguido", detalhou a vítima.
Nenhuma das mulheres citadas no Mediapart apresentou denúncia contra o ator. O veículo noticiou, no entanto, que três delas contribuíram com seus depoimentos à Justiça.
A Promotoria de Paris afirmou, nesta quarta-feira (12), que não "recebeu nenhuma nova denúncia até o momento" e especificou que a investigação aberta em julho de 2020, após o processo da atriz Charlotte Arnould, continua em andamento.
A Justiça abriu em 2020 uma investigação contra Depardieu, a quem Charlotte acusou de tê-la estuprado duas vezes em agosto de 2018, quando ela tinha 22 anos, na residência do ator em Paris.