Jornal Estado de Minas

NOVA YORK

Harry e Meghan sofrem perseguição de carro 'quase catastrófica' em NY

O príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, sofreram uma "perseguição de carro quase catastrófica" envolvendo paparazzi na noite de terça em Nova York - informou um porta-voz do casal nesta quarta-feira (17).



O incidente aconteceu após Harry e Meghan participarem de uma cerimônia de premiação na capital financeira dos Estados Unidos.

A mãe de Meghan, Doria Ragland, estava no veículo com o casal, conforme o comunicado enviado por e-mail pelo porta-voz à AFP.

"Ontem à noite, o duque e a duquesa de Sussex e a senhora Ragland se viram envolvidos em uma perseguição automobilística quase catastrófica nas mãos de um grupo muito agressivo de paparazzi", acrescentou.

O porta-voz disse que foi uma "perseguição implacável", que poderia ter causado acidentes com outros carros, assim como com pedestres e dois policiais.

"Embora ser uma figura pública desperte um certo nível de interesse público, isso nunca deve ser feito às custas da segurança de ninguém", afirmou.

O comunicado acrescentou que "a divulgação dessas imagens, devido à maneira como foram obtidas, incentiva uma prática altamente intrusiva que é perigosa para todos os envolvidos".



- "Não foi como um filme" -

Um porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York disse que "inúmeros fotógrafos" fizeram com que a viagem do casal se tornasse "um desafio".

"O duque e a duquesa de Sussex chegaram ao seu destino" e não se informou se houve colisões, intimações, feridos ou prisões, disse à AFP o sub-delegado Julian Phillips.

O taxista Sukhcharn Singh, entrevistado pelo jornal Washington Post, disse ter levado o casal e um segurança por uns dez minutos, e pôs em dúvida o termo "perseguição".

"Nunca me senti em perigo. Não foi uma perseguição como em um filme. Estavam calados e pareciam assustados, mas isto é Nova York. É (uma cidade) segura", afirmou.

Harry, de 38 anos, e Meghan, de 41, participaram da cerimônia da Ms. Foundation for Women, onde a atriz recebeu um prêmio.

Uma fonte próxima ao casal disse que Meghan e Harry foram perseguidos por cerca de cinco carros com "pessoas não identificadas que dirigiam de forma imprudente e colocaram em risco o comboio e todos ao seu redor".



"A perseguição poderia ter sido fatal", acrescentou a fonte, afirmando que uma série de possíveis infrações de trânsito foram cometidas, incluindo dirigir na calçada, ultrapassar o sinal vermelho e dirigir de ré em uma rua de mão única.

O prefeito da cidade, Eric Adams, disse que é "difícil acreditar em uma perseguição em alta velocidade de duas horas" pela Big Apple, mas acrescentou que até "uma perseguição de dez minutos é extremamente perigosa na cidade de Nova York".

"Temos muito tráfego, muito movimento. Muita gente utiliza nossas ruas. Qualquer tipo de perseguição em alta velocidade é inapropriada", declarou a jornalistas.

- Relação difícil -

Harry mantém há muito tempo uma relação difícil com os veículos de comunicação.

Há tempos, ele culpa a intromissão da imprensa pela morte de sua mãe, a princesa Diana, que sofreu um acidente de carro fatal em 1997, em Paris, enquanto era perseguida por paparazzi.

Em uma entrevista à televisão americana no início deste ano, Harry lembrou que viu as últimas fotos de sua mãe e percebeu que a última coisa que ela viu antes de morrer foram fotógrafos tirando fotos suas.

O casal deixou a família real no início de 2020 e se mudou do Reino Unido para os Estados Unidos, em parte por conta do intenso escrutínio da mídia.

O filho mais novo do rei Charles III se envolveu em vários casos judiciais contra editores de jornais britânicos desde que se mudou para a Califórnia.