Afetada pelo desemprego endêmico, a África do Sul conta com milhares de mineiros ilegais, conhecidos como "zama zamas", que em zulu significa "os que tentam e continuam tentando".
Alguns também são procedentes do Lesoto, um pequeno reino encravado em território sul-africano.
Descem as minas abandonadas, geralmente muito lucrativas, e tentam tirar delas o que resta de metais preciosos, pedras ou mesmo carvão.
"Até onde sabemos, pessoas que também seriam mineiros ilegais ajudaram a recuperar pelo menos três corpos, enquanto outros 28 continuam no subsolo", disse à AFP Ernest Mulibana, porta-voz do Ministério sul-africano de Minas e Energia.
As vítimas teriam morrido em 18 de maio, segundo o ministério, que ainda não determinou as circunstâncias exatas de sua morte. Todos os corpos devem ser levados à superfície, mas a busca está suspensa.
"Atualmente, é arriscado para qualquer pessoa descer na mina por causa do alto nível de metano", explicou Mulibana.
Outrora explorada por um dos maiores produtores de minérios do país, a Harmony Gold Mining Company, a mina funcionou até a década de 1990.