O ex-porteiro prestou um depoimento em março de 2012, quando disse que confessou ser autor dos homicídios sob tortura praticada por policiais da 8ª Delegacia de Polícia (SIA), então chefiados pela delegada Deborah Menezes. O ex-defensor do réu, Frederico Donati Barbosa, se afastou do caso em agosto. Após o defensor Carlos André Bindá Praxedes assumir o caso de Leonardo, foi feita a solicitação para uma nova interrogação.
Leonardo conta que no dia 15 de novembro de 2009 foi preso em Montalvânia, quando estava na casa da sogra. Os policiais teriam invadido a casa e ele foi, então, detido. Ele também negou ter procurado o ex-ministro para pedir emprego horas antes do crime.
O depoimento estava marcado para ter início às 14h desta terça-feira (14/5), mas começou por volta de 15h20, no Tribunal de Justiça do DF e Territórios. Leonardo foi levado do presídio para o tribunal por volta das 9h em uma escolta armada. Também estão presentes seis advogados de Adriana Villela e o irmão dela, Augusto Villela, assim como a família do réu Francisco Mairlon Barros de Aguiar.
Um dos advogados de Adriana Villela, Pedro Ivo, explicou antes do depoimento que o interrogatório de hoje não é tão incomum, e afirmou esperar que Leonardo "finalmente conte a verdade e não dê uma nova versão mirabolante".
Entenda o caso
O triplo homicídio ocorreu no apartamento do ex-ministro do TSE. As três vítimas foram assassinadas com 73 facadas. Os autos do processo foram distribuídos ao cartório no dia 1º de outubro de 2009. Em outubro de 2010, o juiz do Tribunal do Júri de Brasília acatou a denúncia do Ministério Público, na qual quatro réus foram denunciados: Adriana Villela, filha do casal e acusada de ser a mandante do crime; Leonardo Alves, ex-porteiro do bloco onde ocorreu o triplo assassinato; Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo; e Francisco Mairlon Barros Aguiar, suposto comparsa de Leonardo e Paulo.
Com informações de Mara Puljz