Mesmo sem votar, o presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, criticou o sistema atual. Ele destacou que o problema não está apenas na demora para julgamento dos casos de saúde, mas também na falta de especialização dos magistrados e na heterogeneidade das diferentes decisões. “Há uma verdadeira cacofonia jurídica nesta área", disse.
Flávio Dino lembrou que o CNJ discutiu a questão outras vezes, e que a simples recomendação aos tribunais não é eficiente. Ele destaca que a Justiça se especializou em outras áreas importantes para o atendimento ao cidadão, como direito do consumidor e da infância e da adolescência.
Segundo o pedido de providências, hoje há mais de 240 mil processos judiciais na área de saúde. A maior parte das ações trata da dificuldade para acesso a medicamentos e a procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de pedidos de vagas em hospitais públicos e ações contra planos de saúde privados.
Autora do pedido de vista, a conselheira Maria Cristina Peduzzi não tem prazo para devolver o processo em pauta.