Novas gerações de armas não letais, mais avançadas tecnologicamente que as usuais bombas de gás e balas de borracha, serão utilizadas pela polícia para conter tumultos durante a onda de manifestações que toma conta do Brasil. Forças de segurança de São Paulo e Rio e Rio de Janeiro já estão munidas com equipamentos e poderão utilizá-los de imediato.
A Guarda Municipal de Campinas, no interior de São Paulo, utilizará um lançador de cápsulas de tinta. A ideia é pintar grupos que estejam cometendo atos de vandalismo, para facilitar a identificação e agilizar a prisão. As armas FN-303, de origem belga, foram compradas em 2011, mas ficaram guardadas e ainda não foram utilizadas.
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Abraji aponta agressões a 52 jornalistas em protestosMorador diz que reintegração em SP teve bala de borrachaEntidade diz que 14 jovens ainda estão presos no Rio devido às manifestaçõesNo Rio de Janeiro, a Polícia Militar utilizará um canhão sônico, sugestivamente batizado de Inferno. A arma consiste em uma espécie de alarme que opera em quatro frequências simultaneamente, que vão de 2 Khz a 5 Khz, com potência de aproximadamente 123 db. O barulho é insuportável ao ouvido humano e quem o ouve foge imediatamente.
A arma provoca desorientação e tontura, podendo causar até náuseas e vômito dependendo do tempo de exposição. Contudo, não é capaz de gerar ferimentos. A potência sonora é semelhante à dos alarmes convencionais; o que muda é a combinação simultânea de frequências. O canhão sônico já foi utilizada na capital fluminense, durante a chamada “Operação Aldeia Maracanã”. Assista ao vídeo que mostra a arma em ação: