Leia Mais
Manifestação contra preço fecha pedágio em rodovia de SPManifestantes retornam às ruas de São LuísForças de segurança usam novas armas não-letais para conter manifestaçõesSegundo o advogado do MEPCT, Taiguara Souza, dos 14 detidos, 13 são negros, moradores de periferia e sem nenhuma condição de contratar um advogado. Ele classificou as prisões como "arbitrárias e seletivas".
"Nós tínhamos relatos de outras ONGs de que havia apenas dois presos das manifestações. Quando chegamos lá, constatamos que esse número era muito maior. Na manifestação, a maioria não era negra e pobre. Nós também observamos que esses jovens foram presos sem provas e por crimes considerados leves, como furto e dano comum e qualificado", disse Souza.
O advogado disse que as denúncias do MEPCT foram encaminhadas para o Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (IDDH), que deverá pedir a soltura dos 14 jovens.
"Os presos estão mantidos em celas separadas dos presos comuns e aparentemente estão sendo bem tratados e alimentados. Nossa denúncia parte de uma avaliação de que os jovens de classe média que também participaram das manifestações encontram mais facilidades para contratar advogado e sair da prisão".
Em nota, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro informou que não irá se pronunciar sobre o assunto, porque ainda não recebeu a denúncia.