Jornal Estado de Minas

Champignon enfrentava problemas financeiros e sofria depressão

O músico foi encontrado morto no apartamento dele, em São Paulo, com um tiro na cabeça

Correio Braziliense
Corpo de Champignon chega ao local do velório em Santos - Foto: Francisco Cepeda e Orlando Oliveira/AgNews-Santos-SP
A morte do ex-baixista da banda Charlie Brown Jr Luiz Carlos Leão Duarte Junior, o Champignon, 35 anos, na madrugada de ontem, surpreendeu a família, os amigos e os fãs. O estado depressivo pelo qual o artista passava indicava, segundo a polícia e depoimentos das pessoas mais próximas, que ele sofria com as críticas que vinha recebendo por causa de seus recentes trabalhos na banda A Banca. O processo começou após a morte do líder do Charlie Brown Jr., Alexandre Magno Abrão, o Chorão, em março. O corpo do músico começou a ser velado em Santos, no início da noite de ontem.

“Não estamos reagindo mal à morte dele, ainda estamos tentando nos encontrar”, lamentou Luiz Carlos Duarte, pai de Champignon. “Quem na vida não tem problemas? Todo mundo tem problemas”, acrescentou ele, ressaltando que a morte do baixista deixou a família, principalmente a mãe, Maria do Carmo, muito abalada. Admiradores do artista também lamentaram a morte do músico, como os integrantes de seu fã-clube, o Champirados. “Foi muita pressão em cima dele, outros cantores criticavam seu trabalho na internet. Mas ele estava bem, (a morte do) Chorão, a gente esperava. Ele, a gente não esperava”, observou Andressa Guratti, que faz parte do grupo.
Para a empresária Samantha Jesus, que representava Champignon e as bandas Charlie Brown Jr e A Banca, as cobranças em torno do baixista começaram depois da morte de Chorão, por overdose de cocaína. “Estamos chocados com isso. Não tenho nem palavras para descrever o que estou sentindo agora, pegou todo mundo de surpresa”, disse a empresária, que ainda não sabe se A Banca vai continuar. Ela conta que os demais integrantes do grupo também estão perplexos e muito abalados.