A repressão aos professores, a integrantes de movimentos sociais e a mascarados, supostamente vinculados ao grupo Black Blocs mobilizou, segundo a PM, pelo menos 700 policiais. A mobilização convocada pelo Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe) não atingiu o objetivo: no plenário da Câmara, a proposta do prefeito foi aprovada por 36 votos a três.
A situação, tensa desde a manhã na Cinelândia, agravou-se por volta das 14h, quando houve um bate-boca entre um professor e um PM. Cerca de duas horas depois, pessoas começaram a se aglomerar na Rua Alcindo Guanabara, onde há um portão lateral que dá acesso ao pátio interno da Câmara. Foi quando os manifestantes começaram a jogar garrafas e pedras e a forçar o portão.
Os PMs atacaram com bombas de efeito moral e gás pimenta. O grupo correu em direção à praça Floriano, o coração da Cinelândia. A PM não se conteve e, após evacuar a Cinelândia, avançou com cassetetes, escudos e mais bombas na Rio Branco, onde a multidão se aglomerava.
Na fuga, os black blocs - apontados pela PM como responsáveis pela violência nos protestos - depredavam o que havia no caminho. Eles lançaram sacos de lixo sobre a via, quebraram lixeiras e destruíram vidraças de prédios e agências bancárias.
Até às 20h30 a PM não havia divulgado o balanço de detidos e feridos durante a manifestação.