De acordo com a secretária municipal de Saúde, Rafaela Fernandes de Souza, o número de vítimas pode ser maior. "Temos registro apenas dos casos que exigiram atendimento médico, em que a mordida do peixe tirou pedaço ou causou ferimento mais profundo."
A cidade é pequena, com 4,2 mil habitantes, mas, segundo a secretária, a prainha atrai turistas de toda a região. A prefeitura instalou quiosques e estrutura para os visitantes. "Não interditamos o local, pois ali moram pescadores que dependem do rio para sobreviver."
No ano passado, houve registro de ataques esporádicos de piranhas em prainhas de Adolfo e Anhembi, cidades banhadas pelo Rio Tietê.
De acordo com o biólogo Bruno Benhocci, especialista em peixes, o fenômeno pode estar relacionado à estiagem dos últimos dois anos que reduziu a oferta de alimentos para a fauna aquática. Banhistas que frequentam prainhas de água doce geralmente levam alimentos que, em muitos casos, vão parar na água, atraindo os peixes.
No ano passado, no auge da crise hídrica, ocorreram ataques de piranhas até a viveiros de tilápias na Represa de Jurumirim, no Rio Paranapanema.
Em anos anteriores, houve mordidas em série no balneário municipal de Rancharia, no oeste paulista. A solução encontrada pela prefeitura para amenizar o problema foi realizar campeonatos de pesca, premiando quem fisgasse o maior número de piranhas..